A taxa da poupança subiu, vale a pena deixar seu dinheiro lá?

Com o aumento da taxa de juros nas últimas 2 reuniões do COPOM o rendimento da poupança subiu para 2,45% ao ano nos últimos meses

Atualizado em setembro 7, 2021 | Autor: Michelle
A taxa da poupança subiu, vale a pena deixar seu dinheiro lá?

A poupança é o investimento mais popular e tradicional e também a opção mais conservadora. O rendimento da poupança é atrelado a Selic, que é a taxa básica de juros, definida pelo Conselho de Política Monetária (COPOM). Quando a Selic está abaixo de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança será 70% da Selic + Taxa Referencial (TR). Simplificando, quanto menor a taxa Selic, menor o rendimento da poupança.

A Poupança vale a pena?

Após as últimas duas reuniões do Copom o Banco Central elevou a taxa básica de juros – Selic para 3,50% ao ano, com a expectativa de novas altas até o final de 2021. Com esse cenário, o rendimento da poupança é de 2,45% ao ano, ao passo que a projeção da inflação para 2021, é de 5,04%.

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Ou seja, o dinheiro aplicado na poupança hoje rende menos do que a alta dos preços. Isso faz com que o poder de compra do seu dinheiro seja menor quando investido na poupança.

Um exemplo:

Se você investir R$1.000,00 na poupança, ao final de um ano você terá R$1.024,50. Nesse mesmo período, um produto que custava R$1.000,00, estará custando, de forma hipotética, R$1.050,40. Ou seja, o rendimento foi menor do que a inflação.

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A poupança, por outro lado, é um investimento bastante seguro, e que tem liquidez imediata. Isso significa que você pode utilizar o dinheiro investido na poupança a qualquer momento que precisar.

Quais são as outras opções de investimento para quem não quer correr riscos?

Quando o assunto é investir, são tantas opções oferecidas no mercado, que a gente acaba não sabendo para que lado ir, e chega a pensar que isso não é para nós.

Se você não quer correr riscos, talvez seja importante começar a entender, de forma simples, algumas opções que podem te ajudar a poupar, e ainda ver o seu dinheiro render todo mês.

O mais importante é começar aos poucos, e tentar entender as diferenças entre cada tipo de investimento, assim você pode definir o que é melhor para você. Exatamente, isso porque não existe uma opção melhor para todo mundo. Investir depende dos seus objetivos e necessidades. E o mais importante é lembrar que você não precisa ter muito dinheiro para começar.

Como investir em Renda Fixa?

Quando se fala em renda fixa, o leque de opções é mais amplo. Existem diversos tipos de fundos, letras de crédito, letras de câmbio, debêntures, entre outros. Esse tipo de investimento tem características predefinidas, como rentabilidade e prazo de resgate.

Em geral, os investimentos em renda fixa são como um empréstimo que você faz para o governo, bancos ou empresas. Essas instituições precisam captar dinheiro, e lançam títulos que podem ser adquiridos por quem pretende investir. Em contrapartida, paga-se juros sobre esse valor, que será o rendimento do seu dinheiro.

Por isso os títulos de renda fixa já têm uma taxa pré-fixada, que permite saber quanto seu dinheiro irá render. Além disso, já é determinado também o prazo para resgatar o dinheiro investido. Os prazos variam bastante, podendo ser meses ou até anos. Por isso é fundamental avaliar a sua necessidade de utilizar o dinheiro no curto prazo.

Outra diferença é que sobre alguns investimentos em Renda fixa há incidência de imposto de renda. Por isso é importante já considerar o rendimento líquido.

E agora, como decidir?

Investir é algo muito pessoal, que depende da necessidade de cada pessoa. É preciso levar em conta seus objetivos e não considerar apenas o rendimento, mas também a liquidez.

Se você pretende poupar para um projeto a curto prazo, como uma viagem, a troca de um veículo, ou uma reforma na casa, considere investimentos com menores prazos de resgate.

Se o objetivo é de médio ou longo prazo, como poupar para a aposentadoria, para a universidade dos filhos, ou ainda abrir um negócio no futuro, você pode avaliar opções com melhores rendimentos, que não tenham tanta liquidez.

Diversificar os investimentos é um bom caminho?

Sem dúvida esse é o melhor caminho. Assim você consegue destinar uma parte dos seus investimentos pensando no futuro e buscando maiores rendimentos, e ao mesmo tempo mantém uma parte disponível para os projetos de curto prazo ou ainda para alguma emergência.

Essa também é uma ótima maneira de aos poucos ir conhecendo os caminhos que mais combinam com seus objetivos e com o seu perfil e ganhando cada vez mais confiança para investir.