Agrotech, a revolução no campo

Conheça o Agrotech e sabia como as tecnologias aplicadas na cadeia produtiva estão revolucionando o agronegócio

Atualizado em abril 29, 2021 | Autor: Michelle
Agrotech, a revolução no campo

Se em 2025 o mundo deve chegar a 10 bilhões de pessoas, quem vai alimentar estas pessoas?

Não pense que se esta seja uma pergunta tola.

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Ainda bem que a tecnologia vem sendo uma grande aliada para o setor do agronegócio.

Se a população mundial não para de crescer, ainda bem que o agronegócio não dorme. A indústria que alimenta o mundo vem crescendo ainda mais, de braços dados com a inovação tecnológica.

Aquela cena do pequeno agricultor, mal vestido, humilde, com uma folha de grama na boca, é coisa do passado. É o fim do Jeca Tatu, eternizada nos livros, nos filmes e no folclore.

Hoje, esta figura folclórica ainda existe na roça, mas é cada vez mais rara. A força do agronegócio, do agrotech tem poder aquisitivo e larga escala.

Máquinas controladas por satélite ou por um tablet é apenas um exemplo do uso rotineiro da tecnologia no campo, que, talvez, você nem sabia que existia.

O mundo e a imprensa falam de carros autônomos, mas no campo já não é novo o uso de máquinas autônomas.

Ficou curioso com este Brasil que você não conhece?

Neste post você pode conferir de que forma a tecnologia está sendo usada na cadeia da produção de alimentos.

 

 

Como a tecnologia impacta a produção no campo

O Brasil é destaque mundial no agronegócio há muito tempo. Mas se antes era celeiro pelas terras infindáveis, agora, é pela tecnologia empregada na produção de alimentos.

Tanto é verdade que a produção aumenta a cada ano e dá conta de abastecer mercado interno quanto a exportação.

E, em alguns anos, apesar de a produção ser maior, a extensão de terras utilizada naquele plantio é até menor do que o ano anterior. Sinal de que a tecnologia, aliada a outros fatores, vem fazendo a diferença.

O agronegócio um dos principais setores da economia brasileira. Isso não é só de hoje e não é só para hoje.

O País aparece nesse cenário futuro com grande potencial de crescimento de cultivo e de boas práticas para alimentar o mundo.

A transformação digital segue viabilizando novos negócios e construindo novo cenário econômico no país.

E o crescimento do agronegócio nos próximos anos, para atender o aumento da população será possível apenas com uso da tecnologia.

 

A expansão do agrotech

O agrotech está em ampla expansão no Brasil, um dos líderes globais de produção agropecuária.

E o Brasil têm investido cada vez mais em soluções baseadas em tecnologia, o chamado agrotech, termo que está relacionado à revolução digital no campo.

A tecnologia chegou ao campo mais rápido do que você imagina. Sabe o drone, que você vê o pessoal usar nos parques a lazer? Pois é, 80% do mercado potencial de drones no curto prazo vai parar em alguma lavoura.

Sabe qual é o valor estimado do mercado de robôs agrícolas? Mais de 16 bilhões de dólares.

Como se você, o agronegócio já vinha passando por uma onda de transformação digital, a pandemia acelerou as tendências em todos os setores, principalmente no agronegócio, pela segurança alimentar e outras necessidades urgentes.

A pandemia também acelerou a mudança de hábito do consumidor, cada vez mais disposto a pagar mais, a investir na saúde pela questão da imunidade, pandemia…

E este consumidor passou e passará a exigir dos seus fornecedores rastreabilidade, práticas sustentáveis e um cuidado com o meio ambiente.

 

 

Conheça as principais tendências para o agronegócio

 

1 – Adoção de novas tecnologias:

 

Para ter menos custo e mais eficiência, o agro explora todo o tipo de tecnologia. E isso não é de hoje.

Drones estão sobrevoando o campo, os jatinhos (e drones) são usados para pulverizar, a tecnologia em nuvem para armazenar informações e torná-las acessíveis, de qualquer lugar, seja lá no campo ou lá no escritório da cidade.

Esta tecnologia aí já está no campo, mas a tendência é uma popularização maior, uma capilaridade sem tamanho.

Tratores sem cabine, controlados por celular já fazem parte do portfólio do maquinário no campo. São máquinas com sensores ou operadas via satélite ou mesmo autônomas com tecnologia digna de um conversível elétrico de milhões de reais.

 

 

2 – Digitalização no campo

O agrotech não está apenas palpável, mas na palma da mão. A Inteligência Artificial está sendo aplicada à pecuária e ao plantio. A Internet das Coisas já é usada para gerir melhor os processos administrativos.

Há mapeamento de áreas por satélite, pulverização localizada com drones, tecnologias para plantio, irrigação e pulverizações com alta precisão são apenas cinco exemplos  de uma realidade que já existe no campo.

Tudo isso, melhora a performance em todos os estágios de produção, mesmo que seja em um recanto do Brasil, traz tudo de forma automatizada como uma indústria em um galpão na cidade mais moderna do país.

O grande problema ainda é a falta de cobertura 3G ou de satélite em muitas lavouras do país, algo prestes a mudar.

 

3 – Agrotech traz novidade todo dia no campo

Muitas inovações têm sido implementadas no agro. Uma destas é a tenologia parecida com o reconhecimento facial das cidades.

Este sistema de câmeras instaladas em cochos ou serviço feito via drones captando imagens vai permitir identificar em poucos segundos cada animal e informações relevantes.

E onde impactará? Além do bem-estar animal, uma das vantagens do sistema de identificação por imagens é a economia, tornando obsoletos os brincos e marcações no gado.

Outra tecnologia sempre usada e cada vez mais implementada é o controle do uso de fertilizantes e produtos químicos fazendo uso de um sistema inteligente. Isso trará economia ao produtor, evita desperdício, causará menor danos ao ambiente e à saúde do produtor, que em um passado distante estava bastante exposto ao produto.

 

4 – Aprimoramento em toda a cadeia

Com consumidores mais exigentes, saber sobre a procedência, a origem e valor nutricional dos alimentos é uma realidade. Não só por conta da pandemia.

E isso gera mais negócios e mais necessidade de investimento em tecnologia.

Empresas do agro e startups devem trabalhar para ter esta transparência.

Está se tornando elementar estas questões como rastreabilidade, origem e segurança alimentar, criando uma conexão mais estreita com o consumidor final, que até ontem, imaginava que um pé de alface nascia dentro da bandeja de isopor mesmo.

 

 

5 – Startups ajudam no desenvolvimento do setor

 

Existem centenas startups relacionadas ao agronegócio no Brasil. Há muito foco nesta tecnologia no campo, pois há demanda e há capital para investimento no agro, em inteligência artificial, Internet das Coisas, softwares de gestão agrícola, agricultura de precisão e tantas outras maneiras.

Sem contar a questão ambiental, climática e outras polêmicas que constantemente envolvem o campo e vão movimentar milhões.

Há uma corrida também pelo desenvolvimento em projetos na área de segurança alimentar, e-commerce do campo e educação voltada para o ecossistema do agro.

É um mercado muito promissor, que vai demandar pessoal, investimento e tecnologia.

Para se ter ideia, estimativas dão conta que, antes da pandemia, o agronegócio chegou a R$ 1,55 trilhão de bens e serviços movimentados em 2019. Isso dá mais de 20% do PIB do Brasil, conforme a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil.