Alugar ou comprar: eis a questão!
Confira as vantagens e desvantagens antes de decidir adquirir ou morar em um imóvel. Aprenda a calcular sua decisão
Nem só de notícias ruins vive a economia brasileira nestes dias ainda difíceis de pandemia de covid-19. Há alguns alentos.
Entre eles, a retomada do mercado imobiliário, seja pelo lançamento de novos empreendimentos ou pela negociação de usados.
A manutenção das taxas de juros em baixa tem possibilitado a muita o sonho de poder morar naquela casa ou apartamento dos sonhos.
Mas, afinal de contas: é melhor mesmo desembolsar para ter um imóvel ou simplesmente alugá-lo, como já se fazia?
Neste post, analisamos o cenário e apontamos as vantagens e desvantagens de cada uma destas opções. Confira
Como está o mercado imobiliário?
Bem, antes de entrar no mérito deste post, é preciso entender a quantas anda o mercado imobiliário nos dias atuais.
Apesar da pandemia, os números mostram um processo de recuperação deste mercado ao longo de 2020.
A projeção para este ano é que alta de, pelo menos 3,8% no setor, segundo estimativa do Sindicato da Indústria da Construção (Sinduscon).
A expectativa está calçada na manutenção da taxa básica de juros (Selic) nos 2% atuais, ou pouco para cima.
MELHOR É COMPRAR
Neste patamar, a Selic beneficia diretamente o mercado imobiliário em um de seus alvos financeiros mais sensíveis: o crédito.
Seja para a construtora ou ao cliente final, a captação fica muito mais barata e abre espaço para investimentos.
Entre eles, o de comprar ou adquirir um imóvel, seja diretamente na planta ou usado, considerando as diferenças de valores entre um e outro.
É o que recomendam especialistas do setor. O momento seria agora, por tão logo a economia retorne à rotina, a tendência é a alta da taxa Selic.
Há vantagens e desvantagens. Analise:
VANTAGENS
- Propriedade: Você terá um bem para chamar de seu para morar, alugar e reformar conforme e quando quiser.
- Patrimônio: Agrega, por sua vez, um novo bem às suas posses, passível de valorização e utilização como garantia de crédito.
DESVANTAGENS
- Endividamento: Caso você esteja com a conta bancária fofa suficiente para arrematar o imóvel, terá que recorrer ao financiamento e a responsabilidade de honrá-lo por anos.
- Manutenção: Não bastasse ter, você tem a obrigação de manter. Isso inclui custos com impostos, condomínio (se apartamento), serviços em geral.
MELHOR É ALUGAR
Além do reaquecimento nas vendas, o mercado de aluguéis residenciais também tem animado imobiliárias e corretores.
Um dos motivos foi a própria necessidade das pessoas de se adaptarem à vida reclusa imposta pela pandemia.
Esse movimento foi impulsionado pela demanda por home office. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) estima um aumento de 30% para 2021.
Com demanda e ofertas em alta, a tendência é que você possa, por exemplo, mudar-se para uma casa maior ou menor em condições financeiras mais favoráveis.
Este comportamento de mercado deve se manter aquecido pelo menos enquanto perdurar a pandemia – o que, infelizmente, ainda vai levar algum tempo.
Neste ponto de vista, a dependência da mudança que você venha fazer, talvez seja melhor continuar no aluguel.
Vamos às vantagens e desvantagens desta opção:
VANTAGENS
- Mobilidade: quem mora de aluguel tem facilidade para deslocar-se para onde precisar ir conforme quiser e precisar.
- Menos custos: como locatário, você tem obrigação de preservar a integridade do imóvel. Qualquer despesa além disso é por conta do proprietário.
DESVANTAGENS
- Reajuste no aluguel: o proprietário tem direito, ao final do contrato, de reajustá-lo acima do valor da inflação. Ou você aceita, ou sai
- Restrições indesejadas: como o imóvel não é seu, salvo que tenha autorização, pode fazer qualquer alteração que te beneficie.
Afinal, é melhor alugar ou comprar?
Já que a proposta é analisar qual seria o melhor retorno financeiro, vamos recorrer a um cálculo para nos ajudar a responder esta questão.
Antes de pensar em alugar ou comprar um imóvel, calcule a sua taxa de retorno para validar a viabilidade de sua decisão.
A conta é simples: divida o valor do aluguel (pedido ou provável) pelo valor do imóvel e multiplique por 100.
Um exemplo: uma casa avaliada em R$ 300 mil, cujo aluguel está estimado R$ 800. Então, lá vai: 800 / 300.000 x 100 = 0,26.
Ou seja: se você aplicar os mesmos R$ 300 mil em qualquer aplicação que renda 0,26% por mês, o dinheiro vai render mais e sobrará até para pagar o aluguel.