Ambev Vai Iniciar Distribuição De Álcool Em Gel Para Hospitais Públicos

500 mil unidades de álcool em gel produzidos, em sua fábrica de cervejas em Piraí (RJ), serão distribuídos em locais mais atingidos pele Coronavírus

Atualizado em março 26, 2020 | Autor: Michelle
Ambev Vai Iniciar Distribuição De Álcool Em Gel Para Hospitais Públicos

Levando em conta a falta de álcool em gel nos principais pontos de venda do país, em supermercados e farmácias, devido à alta procura, em função da pandemia do coronavírus, a Ambev havia anunciado na última semana que iria produzir 500 mil unidades de álcool em gel para distribuir em hospitais pelo país, em locais mais atingidos pele Coronavírus.

O detalhe é que linhas de sua produção de cerveja foram utilizadas para a fabricação do produto, em sua fábrica de cervejas em Piraí (RJ). Segundo a companhia, todos os hospitais públicos dos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília receberão cinco mil unidades cada do álcool em gel da empresa. As localidades foram escolhidas pelo número de casos confirmados da Covid-19 no país.

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O envase, em garrafas pet, e a logística de distribuição também ficam por conta da empresa. “Considerando que uma das restrições para a sua reposição é a embalagem para envase, a Ambev disponibilizará o álcool em gel em garrafas PET como as utilizadas para suas bebidas, que hoje não estão em falta”, disse a companhia em nota.

Ideia não é exclusiva

A ideia repete o que foi feito pela LVMH, dona da Louis Vouitton, na França. A companhia de artigos de luxo vem utilizando sua produção de perfumes para fornecer álcool em gel para o governo francês.

O álcool utilizado será uma soma do retirado da produção da versão não alcoólica da cerveja Brahma, a Brahma 0.0, e o restante da produção cervejeira, de acordo com a Ambev. Além do álcool em gel, as pessoas também procuram papel higiênico e produtos de higiene, na prevenção contra o coronavírus.

Supermercados registram falta de produtos básicos

Com o surto do coronavírus tomando proporções cada vez maiores, o efeito de pânico que se instalou ao redor do mundo está chegando ao Brasil. No dia a dia, um sinal claro de medo da doença é a imagem de famílias estocando comida – mesmo que não haja crise real de abastecimento. Em meio ao processo de isolamento e home office para muitas pessoas, os supermercados começam a sentir os efeitos de uma alta na demanda. Em todo o Brasil alguns supermercados estão enfrentando problemas pontuais com produtos de higiene e álcool em gel.

Empresas e entidades garantem que a situação do país ainda está sob controle e a população não precisa se desesperar, por estoque de produtos e comida. A Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) se pronunciou por meio de nota, informando que não houve desabastecimento, mas, em alguns estados, houve registros de falta de reposição – como com o álcool em gel, devido à velocidade que o produto foi consumido. “A falta de um ou outro produto não configura desabastecimento”, informou a assessoria da associação.

Na mesma linha, a Associação Paulista de Supermercados (APAS) informou, também por meio de nota, que “os supermercados estão com os estoques normalizados, sendo que toda a cadeia de abastecimento está operando com regularidade, indústria e transportes, o abastecimento está com fluxo normal”.

Estocar produtos aumenta risco do contágio

De fato, houve um aumento da frequência de consumidores em alguns estabelecimentos, mas não há registro de desabastecimento nas lojas do estado de São Paulo, confirma a APAS. Segundo a associação, os produtos mais procurados foram álcool em gel e papel higiênico, mas toda a cadeia de abastecimento vem trabalhando para que os itens não faltem nas prateleiras e que se mantenha um equilíbrio de preço nos pontos de vendas.

“O abastecimento nas lojas que integram o autosserviço nacional segue dentro da normalidade. O aumento nos casos de coronavírus tem gerado maior procura por álcool gel, que é um produto preventivo, e também por alguns itens de primeira necessidade, como papel higiênico, por exemplo. Contudo, não há registros de desabastecimento das gôndolas, especialmente em relação a itens essenciais para o consumo das famílias”, destaca o órgão.

A entidade conta com 27 associações estaduais de supermercados e está monitorando essa questão de forma permanente e destacou “que todos os elos que integram a cadeia de abastecimento (produtores, indústrias, distribuidores, transportadores e varejo) estão empenhados em manter a qualidade operacional das mais de 89 mil lojas do setor, que atendem, diariamente, mais de 27 milhões de consumidores”.