As 3 lições que a pandemia nos ensinou
O ‘fique em casa’ nos tornou mais solidários e nos ensinou o ‘xô preguiça’ para fazer exercícios na sala de casa
Há cerca de um ano, tudo mudou no mundo com a pandemia do novo corona vírus.
E desde março do ano passado, muita coisa mudou na nossa vida.
O “fique em casa” para não aglomerar e não contrair e passar o vírus adiante foi um imperativo que derrubou muitas barreiras.
A começar por nos obrigar a mudar o nosso cotidiano, fazendo com que todo mundo passasse a valorizar o seu lar.
E a usufruir dele.
Se havia algo que antes era impensável, como aulas online, fazer exercícios em casa ou trabalhar em home office, isso tudo tornou-se realidade.
E não foram meses de preparação, foi tudo da noite para o dia.
Mas as mudanças e as lições que aprendemos com a pandemia não pararam por aí.
Tem muito mais coisa que o “não aglomere” nos ajudou a aprender. Quer ver?
Vamos lá com três ações e lições que a pandemia nos trouxe:
A primeira lição foi, sim, reaprender a escrever à mão
As primeiras letras devem ter saído um pouco tortas, desalinhadas.
Mas você teve que dar o primeiro passo e voltar a escrever a mão.
Esta simples atividade há muitos anos – ou décadas – já esquecida, voltou a ter grande valor.
E porque voltamos a escrever a mão?
Por dois motivos bem básicos até. Coisa até impensável.
Quem diria que na pandemia, você tendo que ficar em casa ou trabalhar em sua loja física de portas fechadas, se apoiasse na escrita de cartas!
Pois é, muitos lojistas passaram a escrever cartas para clientes.
O motivo era um só: oferecer produtos, ofertas e buscar, às vezes, ajuda para manter a empresa em pé.
Escrever carta ou mensagem aos clientes virou sinônimo de se importar, de uma hora para outra, com o cliente.
E para esta atitude, nada substitui a letra a mão, a caneta esferográfica.
Escrever no Word e imprimir não teria o mesmo sentido. Não levaria ao mesmo sentimento.
Outra situação que a escrita a mão nos levou foi a de escrever cartas para parentes e amigos.
As vezes, nem tão distantes assim, mas separados por conta do “fique em casa”.
Seja para avós em isolamento, seja mesmo para praticar este costume ancestral com seus filhos, como brincadeiras.
O fato é que as velhas cartas escritas a mão saíram do baú e voltaram a realidade.
Em cada um dos casos, seja para um cliente, seja para um familiar, a mensagem escrita à mão leva apoio e carinho.
Vale também como uma boa lembrança.
Além de tudo o que já foi elencado, especialistas afirmam que, ao escrever em letra cursiva, exigimos muitas habilidades esquecidas do nosso cérebro.
A segunda ação foi a de aprender a jogar xadrez
Ficar em casa, só assistindo séries na Netflix acabou ficando cansativo.
Quem optou por fazer cursos, também acabou precisando de uma distração.
Também foi preciso pausa para quem aproveitou o ‘fique em casa’ para fugir do sedentarismo com a prática de exercícios.
Da mesma forma, quem pretendia ler um livro por semana.
E, para distração, surgiu o jogo de xadrez.
Muito mais do que lazer, aliás, pois este jogo antigo ainda se destaca como uma aula de estratégia imbatível.
É claro que para isso, quem contribuiu muito foi a série “O gambito da rainha”.
A série se tornou um fenômeno na Netflix, mas saiu das telas para a vida real.
A venda de kits de xadrez aumentou em 1.100% no mundo.
Mais do que isso: quase 1 bilhão de celulares agora tem algum tipo de jogo de tabuleiro ou de xadrez.
Uma coisa levou a outra.
Quer melhor oportunidade de aprender ou voltou a praticar o xadrez estando trancando em casa?
Tanto a versão de tabuleiro como o jogo online foram bons exercícios para a mente e para o corpo.
Principalmente durante a pandemia, é importante exercitar a mente e usar o tempo em casa para evoluir o pensamento estratégico.
E o xadrez é uma alternativa perfeita para isso.
Sim, não poderia faltar a prática de atividade física em casa
A terceira lição é questão de saúde. E de lazer – apenas para quem gosta de se exercitar.
Quando tudo mudou, foi preciso adaptar muitas atividades para dentro de casa.
A casa virou local de trabalho, virou creche, virou escola e, lógico, virou academia.
O parque de caminhada foi trazido para dentro do pátio ou do quintal da casa.
A academia migrou para dentro do o apartamento.
Não apenas pelo costume de se exercitar, como pelo imperativo da prática a fim de melhorar as condições de saúde, afinal, estamos em meio a uma pandemia.
A partir daí, não só o personal trainer saiu da academia para a tela do celular, como houve o interesse do público em aproveitar o tempo ocioso para entrar no ritmo. E em forma.
Atividades como yoga, pilates, dança e exercícios passaram a ganhar mais adeptos do que os que habitualmente frequentavam academia por hábito anterior à pandemia.
Uma lição extra: doações e ações de voluntariado
A gente começou o post falando que traria três lições aprendidas com a pandemia.
Mas não poderíamos deixar de falar do quanto a pandemia mexeu com nosso coração. E esta é a quarta lição!
Fazer compra para idosos que não poderiam ir ao supermercado. Ou ir a farmácia para eles!
Que tal ir passear na rua com o cachorrinho daquela vovó que ficou trancada o dia todo naquele apartamento sozinha?
Você pensou que um gesto deste poderia ser uma grande ação de solidariedade algum dia?
Pois é, a pandemia trouxe isso para nós todos!
Em casa, com tempo, vendo a necessidade dos outros, que ficaram sem emprego ou por qualquer outro infortúnio, não foram poucos que resolveram começar a praticar doações e o exercício do voluntariado.
Sim, a sua timeline e o seu feed da rede social lotaram de amigos doando cestas básicas.
Famosos doando materiais de estudo e até cilindros de oxigênio para hospitais.
Material de limpeza, roupas e até medicamentos para famílias em situação de vulnerabilidade social.
Doação de alimentos e móveis ganharam os noticiários. Inclusive empresas e multinacionais aderiram as doações.
Não teve outra saída, seu coração foi tocado e gestos de solidariedade também viraram rotina para você. E para todo mundo!
Seja por um ato de desapego no guarda-roupa, seja pela troca de móveis, seja pela destinação de parte do salário para comprar cestas básicas.
O fato é que a lição mais nobre desta pandemia foi a de amolecer nosso coração. Ou de nos fazer arrumar tempo para isso.
E mais do que isso, nos chamar a ação para doar. E para fazer voluntariado, nos engajar em ações para ajudar os mais necessitados.