Auxílio emergencial ajudou a controlar a inflação e o aumento dos alimentos.

Segundo especialistas o auxílio emergencial disponibilizado pelo governo ajudou a manter os preços estáveis, confira

Atualizado em setembro 30, 2020 | Autor: Michelle
Auxílio emergencial ajudou a controlar a inflação e o aumento dos alimentos.

Está cada vez mais difícil abastecer a casa com a compra de alimentos básicos. Segundo o IPCA (índice de preço do consumidor amplo) do último mês a inflação chegou a 0,24% em AGO/2020. Alimentos como arroz 19,25 %, feijão- preto 28,92 %, leite 22,99%, e o óleo de soja 18,63%, estes estão listados entre os itens que mais tiveram aumento no ano de 2020.

Desde 2016, é a onda mais intensa de alta nos custos de alimentação no domicílio, no acumulado de 12 meses já foram 11,39%, o último registro de aumento desde então já chegou a 11,57%.

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Alimentos com alta expressiva no ano:

  • Manga: 61,63%
  • Cebola: 50,40%
  • Abobrinha: 46,87%
  • Tainha: 39,99%
  • Limão: 36,56%
  • Morango: 31,99%
  • Feijão-preto: 28,9%
  • Leite longa vida: 22,99%
  • Arroz: 19,25%
  • Óleo de soja: 18,63%

 

Por que se deve a esta alta ?

De acordo com os economistas a inflação se deve ao dólar alto, que faz com que os produtos aumentem as exportações, assim reduz a oferta no mercado interno. E tem também a questão a liberação do auxílio emergencial, esse benefício do governo federal fez com a população mais carente utilizasse esse valor recebido para abastecer o “carrinho” com produtos básicos para a alimentação, estimulando assim o aumento valores.

O aumento do dólar influencia fortemente no aumento dos produtos de alimentação básica, já que grande desses alimentos deixa o custo de produção no agronegócio mais alto do que o normal, já que boa parte desses insumos para plantio são cotados em dólar (moeda americana).

Com isso, o agronegócio teve um aumento de 3,8% segundo o ministério da agricultura.

De 42,3% subimos para 47,1% de participação no setor comercial, a China tem a maior parte dessa participação chegando a 30%. Sendo assim, “trocando em miúdos”, para que as empresas brasileiras consigam manter os alimentos aqui, é necessário pagar mais caro, e esse valor tem que ser revertido para o consumidor.

Lembra-se que no começo da pandemia, os brasileiros querem estocar alimentos, no exterior não foi diferente, Segundo o especialista Felippe Serigati,”O Brasil foi o único grande produtor agropecuário que conseguiu abastecer o mundo sem problemas durante a pandemia.”

 

Onde o auxílio emergencial contribui para isso?

 

Com a pandemia do COVID-19 os brasileiros mudaram alguns hábitos de consumo. Assim por causa do isolamento social , houve uma grande redução no consumo de alimentos em visita aos bares e restaurantes desde o começo da pandemia, em meados de março/2020 e consequentemente esse consumo de alimentos básicos teve um aumento nas residência de uma forma geral.

Esse aumento teve uma forte contribuição do auxílio emergencial R$ 600,00, que são pagos pelo governo federal para a população mais pobre (por direito, cidadãos com mais de 18 anos, ou com menos de 18 anos, que atenda aos requisitos listados pelo governo, tais como: pessoas que estão cadastradas como MEI (microempreendedores individuais), contribuintes individuais do INSS, autônomos e trabalhadores informais que não recebem nenhum outro benefício fora o bolsa família.

No caso então, vemos que a liberação do auxílio ajudou no sustento da inflação, já que boa parte dessa renda é utilizada para alimentação básica. 

O auxílio vai se manter até dezembro/2020 com valor de R$300,00.

 

Expectativa em relação à inflação.

 

No momento não temos indícios nenhum que os preços desses alimentos vai abaixar, porque estamos na entressafra. A próxima colheita só será no começo de 2021, então até lá, ainda vamos colher preços altos.  A única chance de colhermos uma queda nessa inflação dos alimentos seria se o dólar tivesse uma queda, mas tudo indica que este ano fecha ou estabilizar em torno de R$ 5,30. Então a queda nos preços está praticamente descartada.

No geral, temos que deixar claro, que a inflação vista nesse ano de 2020 é muito baixa, tendo em vista a inflação se comparada a algumas décadas atrás. Segundo o IPCA, a inflação no acumulado total de 2020 vai ser de 2%, significando que por mais um ano, a tendência é ficar abaixo do piso de sistemas de meta. Já para 2021 a tendência da inflação é que se chegue em torno de 3%  disparando assim a economia.

E você, acha que o governo fez certo disponibilizando o auxílio emergencial?