Auxílio emergencial acabou: e agora?
Saiba a que ou quem você pode (ou não) recorrer após interrupção de apoio financeiro que deu aquela força nesta pandemia
Distribuído desde abril de 2020, o auxílio emergencial oferecido pelo governo federal já não é mais depositado na conta dos beneficiados desde 29 de dezembro.
Saques e transferências ainda podem ser feitos até o dia 27 de janeiro conforme tabela divulgada pelo Ministério da Cidadania.
Do dia 28 para frente, salvo se não houver nenhum anúncio do governo federal, o auxílio não movimentará mais nenhum centavo.
A interrupção afeta cerca de 68 milhões de brasileiros que, em sua maioria, dependerão do benefício para sobreviver nos últimos oito meses.
Neste post, apontamos algumas alternativas de receita àqueles que tiveram este benefício interrompido no primeiro mês de 2021.
Cabe lembrar que se tratam de sugestões, escolhidas diante das circunstâncias atuais da pandemia.
Confira qual se encaixa melhor ao seu perfil.
BOLSA FAMÍLIA
Principal programa assistencial do governo federal, o Bolsa Família foi atingido em cheio pelo fim do pagamento do auxílio emergencial.
Segundo informou o Ministério da Cidadania, pelo menos 95% de todas as famílias atendidas migraram para o apoio extra da pandemia.
O motivo não poderia ter sido melhor: pelo auxílio, as famílias chegaram a receber entre R$ 600 e R$ 1,2 mil.
Tratam-se de valores muito acima da média de pagamentos do Bolsa Família, que não passa dos R$ 190.
Quem já é beneficiário deste programa federal voltará a ter depositado em seu cartão o valor que já recebia antes da pandemia.
As famílias ainda não assistidas pelo Bolsa Família precisam se inscrever no Cadastro Único do governo federal no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do município.
As adesões não significam ingresso automático ao programa. O governo federal estima que mais sejam feitos 300 mil novos cadastros para 2021.
São regras básicas para pleitear o Bolsa Família:
- Famílias com renda mensal entre R$ 89 e 178
- Ter filhos de zero a 17 anos
MERCADO DE TRABALHO
Se você perdeu o benefício e está inserido no mercado de trabalho, sinta-se como um privilegiado no Brasil.
A realidade é oposta aos mais de 12 milhões de brasileiros que além de ficarem sem o auxílio, seguem de emprego.
Diante das circunstâncias, algumas alternativas de renda são:
- Divulgue seu currículo
Pode parecer repetitivo isso, mas você precisa ser lembrado. Em muitos casos, nem precisa sair de casa. Cadastre seu currículo em sites especializados. E, claro, fique atento às oportunidades divulgadas na internet, na imprensa e nos murais.
- Abra o próprio negócio
Embora seja melhor na oportunidade que na necessidade, considere empreender em algo que seja seu. Avalie o mercado ao seu redor e veja como você poderia contribuir. Na dúvida, procure o Sebrae.
- Seja um afiliado
Inscreva-se em plataformas para divulgar infoprodutos (cursos, videoaulas, entre outros) através da internet. A remuneração se dá pelo pagamento de comissões que chegam até a superar os 50% do valor do produto. Vale a pena conhecer.
Algumas das plataformas mais conhecidas do mercado para você de afiliar:
EMPRÉSTIMO
Se a situação financeira apertar demais, o jeito será recorrer ao crédito oferecido pelo mercado para pagamento de dívidas.
A dica é óbvia: só contrate empréstimos cujas parcelas você tenha como garantir o pagamento, caso esteja com a renda no limite.
Afinal de contas, até para com dinheiro emprestado você terá que comprovar se tem como devolver – com juros, claro.
GOVERNO FEDERAL
Com exceção dos programas sociais, que já existiam antes da pandemia, não há nenhuma previsão novo auxílio do governo federal.
Pelo menos era esse o discurso da equipe econômica, que defendia não haver recursos para aplicar em uma eventual continuidade do benefício.
O governo argumenta que um novo aporte de recursos demandaria extrapolar o teto de gastos das contas públicas.