Bebida alcoólica e coronavírus, saiba como afeta sua saúde

O aumento no consumo de bebidas alcóolicas no início da pandemia, levou a OMS a divulgar uma cartilha alertando as complicações, e agora com a vacinação

Atualizado em abril 29, 2021 | Autor: Michelle
Bebida alcoólica e coronavírus, saiba como afeta sua saúde

Com certeza você se deparou com memes pelas redes sociais, relacionando o uso de bebidas alcoólicas a proteção contra o vírus, assim como o álcool 70% poderia evitar a contaminação, a brincadeira nas redes, levou a um assunto sério, parece bobagem, mas muita gente acreditou, ou usou como desculpa para consumir mais e chamou a atenção das autoridades para um alto descontrole em todo o mundo de bebidas alcoólicas, a OMS pediu que os governos passassem a restringir a venda, no Brasil alguns estados vem tentando fazer esse controle, restringindo a quantidade que uma pessoa pode comprar no supermercado, fechando bares mais cedo, ou impedindo a venda a partir de determinado horário.

A preocupação é que o consumo excessivo, além de não impedir de forma nenhum a contaminação ou qualquer chance de cura, possa levar a problemas sociais nessa época de crise.

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Risco social e familiar

A embriaguez expõe a pessoa e todos que estão próximos a vários riscos, já que depois de uma certa quantidade ingerida, o indivíduo começa a perder o senso de responsabilidade, acaba não respeitando distanciamento social, leis de trânsito, e os cuidados consigo mesmo. A medida preventiva de quarentena e lockdown, visa não só a contaminação exponencial do vírus, mas  garantir que o sistema de saúde possa ter condições de atender todos que precisarem. Dirigir sob efeito do álcool, é apontado como a principal causa de acidentes em todo o mundo, o exagero nas bebidas agrava problemas cardiovasculares, problemas hepáticos e diminuem a imunidade, se todos esses problemas forem somados a lotação dos hospitais pelo corona vírus, certamente o caos seria bem maior.

E foi graças a quarentena que muitos estados brasileiros relataram uma diminuição de acidentes de trânsito em 2020, e isso consiste numa notícia positiva para toda a população, e prova que as medidas de isolamento contribuem para o sistema de saúde conseguir manter um atendimento aos casos inevitáveis diante de uma pandemia.

Outra preocupação das autoridades é com o consumo de bebida alcoólica em casa, e o aumento da violência doméstica. Os problemas aumentaram de uma forma geral, o isolamento, o medo da doença, o desemprego, e incertezas sobre o futuro, deixaram as pessoas ansiosas e emocionalmente fragilizadas, com tudo isso ainda levando em consideração que o excesso de álcool causa maior vulnerabilidade, contribuiu para a questão ser levada a Organização Mundial de Saúde, a incentivar os países a criarem o controle nas vendas das bebidas alcoólicas.

O abuso de bebidas alcoólicas, estão relacionadas diretamente a violência de qualquer gênero, seja ambiente familiar ou não, inclusive compromete a própria vida, os casos de suicídio são maiores por pessoas que sofrem de depressão e perturbação mental quando estão embriagadas.

Confira a cartilha completa da OMS sobre os riscos do consumo de bebida alcoólicas durante a pandemia: https://www.uniad.org.br/wp-content/uploads/dlm_uploads/2020/04/PT_ALC_COVID_LONG_SHEET_11420OPAS.pdf

Vacinação e bebida alcoólica

As recomendações agora são a respeito da eficácia e segurança da vacina, para as pessoas não ingerirem álcool antes e depois de se vacinar.

O álcool diminui a ação de uma célula responsável pelo metabolismo do sistema imunológico celular, os linfócitos T, cuja a função é eliminar células contaminadas por vírus e bactérias, além do linfócito T de memória, que é o que garante a proteção contra reinfecções, uma vez ativada a memória celular imune, se o organismo vier a ter contato com o mesmo vírus ou bactéria, eles não afetaram mais o indivíduo. É nesse ponto que os cientistas buscam trabalhar uma vacina. Ativando o sistema de memória, mas o consumo de bebidas alcoólicas interfere nesse sistema e a vacina pode não funcionar pra algumas pessoas.

Na Rússia por exemplo, existe uma recomendação de manter uma abstinência de bebidas alcoólicas por pelo menos 21 dias, entre os dias que antecedem a primeira dose, até a segunda, e seguir por mais 21 dias após a segunda dose. No Brasil infectologistas recomendam intervalos de 14 dias entre as doses e mais 14 dias após a segunda dose.