Três brasileiras destaque na economia mundial

Apesar de não ter uma lista muito grande de mulheres ocupando espaço no cenário econômico, vamos citar três nomes que comandaram FMI, Goldman Sachs e BNDES

Atualizado em abril 6, 2021 | Autor: Michelle Verginassi

Todo mundo sabe que o cenário econômico é um mercado ocupado em sua maioria por homens.

Não é muito comum encontrar mulheres à frente de cargos importantes ligados a economia do nosso país.

Mas o que você tem a dizer se te contar que tivemos uma brasileira no comando do Goldman Sachs no Brasil?

E se te dizer que tivemos uma brasileira como sub-diretora geral do FMI?

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E se uma economista daqui comandou o BNDES, a CSN e inspirou grandes nomes (masculinos) da nossa economia?

Você sabia que coube a uma mulher comandar a Diretoria de Administração do Banco Central?

Pois é, se a primeira vista não encontramos nenhum nome de mulheres no comando da nossa economia.

Mas basta aprofundar o zoom do nosso olhar, que uma breve pesquisa traz logo três  nomes fortes e  importantes neste cenário econômico.

Desta forma, podemos dizer que sim, a economia brasileira também tem mulheres ocupando cargos de destaque, como em qualquer outro setor.

Por isso, neste post, vamos traçar o perfil de três economistas que ocuparam cargos de destaque na economia brasileira.

 

reprodução/ internet

Maria Silvia Bastos Marques: presidência do Goldman

A economista Maria Silvia Bastos Marques é exemplo de governança corporativa, com destaque no setor público.

Formada em Administração Pública e doutora em economia pela FGV, Fundação Getúlio Vargas.

Ela foi presidente do BNDES, fundado em 1952 e hoje a mola propulsora do fomento a economia brasileira.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social é o principal instrumento do governo federal para desenvolver o país.

Sem contar que o BNDES é uma das maiores instituições de fomento do mundo. E teve Maria Marques como sua primeira presidente mulher.

Ela também dirigiu a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e coordenou a área externa da secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda.

Maria Silvia Bastos Marques foi secretária das Finanças da cidade do Rio de Janeiro nos anos 90 e ganhou destaque como “Dama de Aço” por ter deixado R$ 1 bilhão em caixa na gestão César Maia.

E em 2018 assumiu o posto de presidente e CEO do Goldman Sachs no Brasil. Ela ficou até o final de 2020 no comando deste que é um dos mais importantes bancos de investimento do mundo.

 

 

reprodução/ internet

Carla Grasso: diretora do FMI

O segundo nome desta seleta lista de mulheres que são destaque na economia brasileira é Carla Grasso.

Ela foi subdiretora-geral e diretora administrativa do Fundo Monetário Internacional (FMI) desde 2015.

Por cinco anos, até 2020, esta brasileira ajudou a comandar este fundo que beneficia 189 países membros há muitos anos.

A economista Carla Grasso foi responsável por supervisionar todas as funções administrativas do FMI.

Antes,trabalhou como diretora na Vale e também foi secretária de Previdência Complementar durante o governo Fernando Henrique.

Carla possui mestrado em Política Econômica pela PUC de Brasília e atuou como professora em cursos de economia em Brasília e São Paulo.

 

 

 

Carolina de Assis Barros: Banco Central

 

Carolina de Assis Barros trabalhou quase duas décadas no Banco Central do Brasil.

Talvez você nunca tenha ouvido falar dela, mas certamente já a ouviu falar e já a viu nos noticiários.

Coube a Carolina a responsabilidade de anunciar a nova nota de R$ 200, a do lobo guará. Lembrou?

Isso ocorreu porque ela foi a terceira mulher a ocupar uma diretoria do Bacen em mais de 50 anos de existência do BC.

Foram 17 anos trabalhando no Banco Central, onde chegou ao cargo de diretora de Administração do Banco em 2018.

Anteriormente, ela chefiou o departamento de Comunicação e foi chefe de gabinete da Presidência e também da Diretoria de Administração.

Ou seja, teve participação ativa em uma das reuniões mais importantes para a política econômica do Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom), que é onde se define a taxa básica de juros.

 

Para não deixar de falar de Maria da Conceição Tavares

 

Como dissemos lá no início do post, inicialmente a gente pode pensar que não há muitas mulheres brasileiras de destaque no cenário da economia.

Mas como você viu, citamos três mulheres que ocuparam cargos importantes em instituições como FMI, Bacen, BNDES e Goldman Sachs.

E para comprovar que os destaques femininos não se restringem a apenas três nomes, vamos trazer mais um nome.

É da portuguesa naturalizada brasileira Maria da Conceição Tavares.

Ela é uma das mais importantes economistas e pesquisadoras da América Latina. Foi pioneira em muitas áreas onde atuou, inclusive trabalhou na elaboração do Plano de Metas do então presidente Juscelino Kubitschek.

Tavares também trabalhou como analista matemática no BNDES durante muitos anos e produziu alguns dos artigos mais famosos do mundo em economia política internacional e o comércio exterior.

Como professora, influenciou vários economistas atuais. Desse modo, suas ideias ajudam a moldar o pensamento econômico brasileiro desde sua criação.

 

Ao longo de 60 anos, influenciou e ajudou a formar economistas e líderes políticos brasileiros, desta forma, suas ideias estão presentes no DNA do pensamento econômico do país. Alguns nomes influenciou foram José Serra, Aloísio Teixeira, Luís Gonzaga Beluzzo e a ex-presidente Dilma Rousseff.