Como investir em dólar

Veja 5 maneiras de aplicar na moeda dos EUA

Atualizado em março 1, 2022 | Autor: Michelle Verginassi
Como investir em dólar

Existem diversas opções para o investidor pessoa física investir em dólar, como fundos e BDRs.
O sobe e desce do dólar pode despertar o interesse de muitos investidores que desejam incluir a moeda norte-americana em seu portfólio.
Mas como o brasileiro pode ter acesso a investimentos em dólar?
Apesar de o dólar ser considerado “moeda forte” e sempre ser buscado pelo mercado em momentos de incerteza, é preciso ter em mente que atrelar a rentabilidade à variação cambial significa tomar risco. sso porque uma desvalorização do real pode beneficiar quem dolarizou a carteira, da mesma maneira que o cenário oposto pode jogar os ganhos para baixo.
Veja abaixo 5 opções para o investidor pessoa física investir em dólar.

Saiba como investir em dólar

Em um cenário de estabilidade, o dólar tende a apresentar uma variação pequena ao longo do tempo.
Justamente por isso, alguns investidores recorrem ao dólar como uma proteção ao próprio dinheiro, mesmo que a bolsa de valores caia, por exemplo, ou o real desvalorize, parte da renda estará segura com o dólar.
Por outro lado, também é possível ganhar com a especulação da moeda norte-americana.
No entanto, especialistas recomendam investir em dólar somente quem já tem outros investimentos.
E estes investimentos podem ser ações, renda fixa ou outros ativos financeiros.
Aqui também vale a regra de ouro de nunca colocar todos os ovos numa cesta só – a chave é diversificar.

Veja como investir em dólar

Para quem analisou todos os fatores e entendeu que faz sentido ter parte da carteira alocada em dólares, existem alguns caminhos para isso.

Apesar de comprar moeda em espécie ser o caminho mais óbvio, essa pode não ser a melhor opção.
Segundo especialistas, o ideal é comprar dólar em espécie somente quando ele for realmente necessário, como no caso de viagens ao exterior.
Veja algumas formas de investir em dólar.

Fundos cambiais

Uma das maneiras de investir em dólar é aplicar o dinheiro em um fundo cambial.
Esse tipo de fundo de investimento aloca pelo menos 80% de seu patrimônio em ativos que têm como principal fator de risco a variação cambial.
Dessa forma, a variação da rentabilidade do investimento acompanha, claro, o movimento da taxa de câmbio.
Essa é a forma “mais fácil” de investir em dólar.
A vantagem é que o investidor conta com um profissional, o gestor do fundo, para traçar as estratégias do investimento.
Mas não é a opção mais eficiente.
É melhor ter o dólar e mais ‘alguma coisa’, como um fundo de renda fixa que vai me dar a variação o dólar mais 5%, por exemplo.

BDRs

BDR é a sigla do inglês para Brazilian Depositary Receipts.
Certamente você ouviu falar do “pedacinho do Nubank”, ou seja, é um BDR.
São títulos listados no Brasil por uma instituição brasileira (no caso, a B3), mas que têm lastro em ações de empresas negociadas no exterior.
Assim, o BDR é uma forma de o brasileiro investir em companhias estrangeiras sem precisar necessariamente comprar a ação lá fora.
É como se fosse, por exemplo, a ação da Apple negociada na B3 (AAPL34), porém em forma de recibo.
Nessa opção, além de ficar exposto à flutuação da cotação de ações no exterior, o investidor de BDR também tem a rentabilidade afetada pela variação cambial.
Além da valorização da ação e, obviamente, a desvalorização, você também ganha com a valorização do dólar frente ao real.
E você também vai perder se o dólar desvalorizar frente ao real. Então, é uma forma indireta de acessar o mercado de ações e estar exposto em dólar.

Contratos futuros e mini-contratos

Essa modalidade de investimento permite que o investidor especule sobre a taxa de câmbio, e pode ser usada como forma de proteção.
Funciona assim: pelos contratos futuros de dólar, negociados na B3 com o código DOL, o investidor compra a moeda pela cotação atual, mas recebe somente em uma data futura pré-estabelecida.
Se no recebimento o dólar tiver subido, o investidor pode vender a um preço mais alto do que pagou e lucrar com isso.
Por exemplo: Alguém compra dólares no mercado futuro com a cotação daquele momento, de R$ 5 por dólar, para dali a um ano.
Quando essa pessoa for receber os dólares, a cotação pode estar em R$ 6.
Se esse for o caso, o investidor pode vender seus dólares logo que resgatá-los, e assim irá lucrar. Da mesma forma, se o dólar tiver caído no período, o investidor terá desvantagem.

Mini-contratos

Outra possibilidade são os mini-contratos de dólar, que têm o código WDO e funcionam de maneira semelhante ao contrato padrão de dólar, porém com um custo menor.
Tanto que a participação de pessoas físicas nessa modalidade é mais significativa: 31% dos investidores, segundo a B3.
A forma de se investir nisso é similar à forma de comprar uma ação.
A valorização desse contrato se dá via pontos.
Então, cada ponto do dólar vale 20 centavos. Por exemplo: se a gente tem a cotação aproximada de 5.508 pontos.
Então, se os 5.508 pontos forem para 5.518 pontos, você ganhou 10 pontos nessa valorização e em cada ponto, 20 centavos.
Então, se você está negociando esse contrato nesse exemplo nosso, você ganhou R$ 2.
Um ponto de atenção é a alta volatilidade.

Fundos que aplicam no exterior

Existem fundos de investimentos que aplicam seus recursos no exterior, fazendo com que a rentabilidade esteja também atrelada ao dólar.
Para um fundo ser considerado disponível para o investidor em geral, ele pode alocar até 20% do seu patrimônio no exterior.
Pode aplicar num fundo de renda fixa, por exemplo. Está dolarizando seu patrimônio e ganhando um pouco mais.
Ou fundos multimercados. Existem diversas categorias e estratégias