Como não acumular dívidas no cartão de crédito
Atenção a essas dicas e de como se livrar das armadilhas das faturas
Muitas vezes, a diferença entre ter crédito e ter dívida é simplesmente como você administra o seu cartão. As facilidades do uso do crédito no comércio e nas compras de um modo geral, podem ser uma armadilha ao excesso de consumo, fazendo diferença na hora do pagamento da fatura.
Primeira dica – Cuidado com as parcelas
Entre as facilidades mais utilizadas pelos consumidores, está a compra parcelada. Podemos considerar que frequentemente o consumidor não entende exatamente o que acontece com as parcelas ou o que elas acarretam nas suas contas e créditos futuros.
Vejamos que se você compra um produto no valor de R$ 1000,00 e o divide em 10 vezes sem juros, você está comprometendo o valor, não de R$ 100,00 do seu crédito, mas de R$ 1000,00, que é o total da compra.
Quando efetuada a quitação da próxima fatura onde estaria incluída a primeira parcela de R$ 100,00, lhe será devolvido o crédito de R$ 100,00, ou seja, nos meses seguintes você ainda tem restrito os R$ 900 daquela primeira compra de R$ 1000,00. Basicamente, você está devendo R$ 100,00 por mês pelo período que falta para quitação total da compra parcelada. E qual o problema disso? Nenhum, desde que você se lembre disso!
Na prática o que acontece é que, depois de alguns meses a pessoa que fez aquela compra em 10 parcelas, esquece que esses R$ 100,00 estão comprometidos também para a próxima fatura, e efetua uma nova compra parcelada. Assim, elas vão se acumulando e os valores passam a ser difíceis de se pagar em uma única vez e acaba sendo tentador (ou necessário) dividir o valor da fatura do cartão de crédito.
Assim, a primeira dica para não acumular dívidas no cartão de crédito é o controle das parcelas que foram lançadas em compras já realizadas. Sabendo administrar o valor que será inserido nas próximas faturas você acaba por economizar e não deixar novas contas se sobreporem às já existentes, dentro do seu orçamento mensal.
Segunda dica – Não atrase o pagamento da fatura
O segundo conselho, que é recorrente a praticamente todos os analistas de crédito é: não deixar a fatura ficar atrasada. Isso porque os juros serão gerados imediatamente no dia seguinte ao vencimento da fatura, não paga.
A taxa de juros neste caso é de 356,8% ao ano, ou 29,73% ao mês. Nesta pretensa fatura de R$ 1.000,00 que teria ficado para trás, no mês seguinte, o devedor já estará com uma conta de R$ 1.297,30.
Terceira dica – Não utilize a opção de pagamento mínimo do cartão
Os cartões de crédito dão a opção de pagamento mínimo da fatura (geralmente em torno de 15% do valor total). Ocorre que, desde março de 2021, a taxa de juros lançada no cartão de crédito para quem utiliza o pagamento mínimo fatura é de 306,2% ao ano, ou 25,5 % ao mês. Mais baixo que os juros praticados no atraso, ainda assim, esta prática gera uma dívida difícil de controlar, se você considerar que a fatura seguinte virá com seus valores individuais, acrescidos dos valores desta fatura (na média de 75%) e os juros acima descritos.
Quarta dica – Evite parcelar a fatura
Os juros de parcelamento de fatura são bem menores do que os de atraso de pagamento e também os de pagamento mínimo da fatura. Sim, é verdade, mas continuam bem altos. A taxa de juros neste caso é 167,6% ao ano, ou 13,97 % ao mês. Ao se comparar com os juros praticados em um empréstimo pessoal, por exemplo, os juros do parcelamento podem significar o triplo (ou mais) do praticado no empréstimo.
Concluindo, tente evitar essas “facilidades” de pagamento da fatura (parcelamento e pagamento mínimo) e se for o caso, vale a pena buscar outro tipo de empréstimo a juros mais módicos e quitar o total da fatura mensal.