Compra virtual x Compra presencial. Desafios

As mudanças na área comercial e as compras de mercadorias

Atualizado em outubro 5, 2021 | Autor: Michelle
Compra virtual x Compra presencial. Desafios

O que mudou primeiro? O comércio ou o mundo? Essa pergunta pode ser um tanto estranha para alguns, mas é uma constante reflexão a todos que se debruçam sobre o tema de como os hábitos comerciais estão se desenvolvendo.

As mudanças são uma constante nas relações comerciais, eis que já é de sua natureza se adaptar às diferentes épocas de oferta e procura, além da sazonalidade de alguns produtos (safras, pro exemplo).

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Mas a maneira de se comprar ou mesmo de expor este produto para a compra é que foi radicalmente alterada com a entrada dos comércios digitais, chamados de e-commerce.

Assim, as mudanças tecnológicas e as facilidades trazidas por elas não deixariam de afetar o mercado e as relações de comércio. A relação binomial necessidade/possibilidade regula as regras desse jogo.

A demanda de tecnologia é suprida pela atividade comercial direcionada a ela e, da mesma forma, as vendas de produtos necessitaram de novas tecnologias para atender ao mercado. Tudo está interligado.

O que mudou?

Praticamente o acesso aos produtos comercializados foi, notoriamente, a grande mudança reconhecida pelos consumidores. As pessoas não estão mais restritas ao estoque disponível de uma determinada loja em determinada localidade, tendo acesso aos produtos, estejam eles onde estiverem no mundo.

Antes da internet, grandes centros comerciais eram procurados em suas lojas físicas, muitas vezes especializadas em regiões (vinhos, no sul), cidades (Franca e Jaú para calçados), ou mesmo ruas (Santa Efigênia em São Paulo, para produtos eletrônicos).

Isso demandava viagens e transportes que o próprio consumidor, ou lojista, tinha que bancar. Além do tempo que se perdia nessas empreitadas, estavam ainda limitados aos produtos disponibilizados nestes grandes centros e aos preços ali praticados.

A internet veio deixar as compras mais fáceis. Sim. Porém, algumas coisas não foram resolvidas pelos meio digitais.

Os desafios da compra on-line

Alguns produtos não trazem segurança ao serem comprados virtualmente por uma grande parte dos consumidores. Algumas características próprias do bem de consumo podem demandar o contato físico com ele antes de se adquiri-los e isso a internet sozinha não conseguiu resolver.

É o caso, por exemplo, de instrumentos musicais que, mesmo quando fabricados em série, possuem peculiaridades como timbre, afinação, peso e ergometria que fazem toda a diferença ao consumidor final mais especializado.

Outros produtos podem vir com medidas diferentes nas mesmas categorias – uma calça jeans nº 42 de uma certa marca pode ser maior que uma calça jeans nº 46 de outra marca – ou ainda a qualidade da matéria prima deixar a desejar e não são considerados defeitos em si.

Prazos de entrega; dependência de serviços de transporte e produtos adulterados também são grandes preocupações dos consumidores das lojas virtuais

Essas lacunas nos oferecimentos de produtos, quando o consumidor tem acesso físico a eles, são suplantadas pela experimentação e observação. Assim, muitas pessoas continuam e continuarão preferindo as compras presenciais para determinados segmentos.

 Os desafios da venda on-line

Por outro lado, a venda on-line tem hoje um grande desafio de chegar aos seus consumidores diretos e da maneira mais direcionada possível.

Tecnologias como User Experience, (UX na sigla internacional) buscam atender ao comércio digital selecionando o interesse do usuário para lhe oferecer produtos que tenham o seu perfil de consumo.

Os comerciantes de lojas virtuais também lidam com problemas como seleção e entrega de produtos, o que numa loja física, caberia diretamente ao consumidor. As grandes lojas de departamento, hoje contam com os dois tipos de comércio, sendo que suas lojas físicas acabam funcionando como centro de distribuição dos produtos vendidos em suas lojas on-line, facilitando a logística de entrega de produtos.

Nada ainda está definido, e pode-se dizer que nunca estará. É a natureza mutante do mercado que sempre ditará as regras.