Entenda o que é open banking

Confira o que vai mudar na sua vida em julho; veja a pesquisa onde 7 em 10 brasileiros ainda não entendem o que é open banking,

Atualizado em agosto 3, 2021 | Autor: Michelle Verginassi
Entenda o que é open banking

Em julho entra no ar o open banking.

Se você ainda não se familiarizou com o termo é bom ficar ligado.

Se você andou aprendendo inglês em novela ou filme e já saiu traduzindo como “banco aberto” ou “dados bancários livres”, pode se acalmar. Não é bem isso que você está pensando!

Esta novidade foi lançada em fevereiro pelo Banco Central, poucos meses depois do lançamento do Pix, que se tornou o queridinho no país em seis meses.

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Talvez você não saiba ou não tenha prestado atenção à notícia quando ela passou pela sua tela.

Mas a primeira fase do open banking já entrou em vigor e faz alguns meses.

Foi em 1º de fevereiro deste ano.

Mas, calma, seus dados ainda não foram liberados ‘a torto e a direito’.

A partir desta data, as instituições bancárias passaram a disponibilizar as informações padronizadas sobre os seus canais de atendimento.

Se você ficou curioso e tem medo de que seus dados bancários e financeiros sejam compartilhados, confira neste post que a gente vai te explicar tudo.

Conheça as diferenças do Pix para o open banking

A gente entende seu temor, você que não quer que sua vida vire um inferno e que vai ter revezamento de telemarketing de empresas de telefonia ou cartão de crédito te ligando de manhã à noite. Não é bem isso! Confira neste post tudo sobre open banking.

E já que falamos do Pix, vale destacar as diferenças.

O Pix, desde que foi lançado pelo BC, mostra suas vantagens muito claras, que é gratuito, que transfere grana em segundos e por aí vai.

Já o open banking também será uma vantagem, mas é algo novo e não tem benefícios na hora.

Ele vai ser regulado pelo Banco Central e vai permitir uma série de soluções e inovações, podendo trazer vantagens para você, talvez não tantas como o Pix, que eliminou custos.

Há muitas experiências interessantes de open banking pelo mundo.

Aqui no nosso país, os primeiros passos para a adoção do open banking começaram a ser dados apenas agora em 2021.

O Bacen estabeleceu quatro fases para a implantação.

A primeira começou em fevereiro, com a obrigação dos bancos de tornarem públicas as características de seus serviços e canais de atendimento.

Já o início da última fase está previsto para dezembro deste ano.

Nesta você que é cliente poderá autorizar a divulgação de uma série de informações, como investimentos, planos de previdência e apólices de seguros.

Entenda o que é o open banking

Desde fevereiro, na primeira fase da implantação, os bancos passaram a informar as características de seus serviços e de seus produtos bancários tradicionais.

Vale repetir: desde fevereiro, nessa fase do open banking, não há compartilhamento de nenhum dado de clientes.

Em julho é que o negócio muda, de verdade.

A partir de 15 de julho de 2021, os clientes poderão solicitar o compartilhamento entre instituições participantes de seus dados cadastrais.

Podem solicitar, inclusive, compartilhamento de informações sobre transações em suas contas, cartão de crédito e produtos de crédito contratados.

É o que informa o próprio Banco Central, a respeito desta nova fase.

Veja quando pode ocorrer o compartilhamento de informações financeiras

Segundo o Bacen, o compartilhamento só vai ser feito se você autorizar, sempre por um prazo definido e para finalidades específicas.

Caso você tenha autoridade e depois se arrependa, não tem problema.

Conforme o Bacen, você pode cancelar essa autorização a qualquer momento e pode fazer isso em qualquer dos bancos envolvidos no compartilhamento.

A ideia é que com o sistema financeiro aberto, havendo o compartilhamento de informações bancárias dos clientes entre os bancos, isso vai aumentar a concorrência.

Esta mudança vai gerar mais disponibilidade de produtos e um serviço mais personalizado para os produtos do sistema bancário.

E isso é sinônimo de vantagens para os clientes.

Pode redundar em redução de tarifa e spread, mas não a curto prazo, pois esses benefícios precisam de mais tempo para serem percebidos pelo público.

Conheça a pesquisa que mostra o receio do brasileiro

Uma pesquisa a respeito do open banking foi feita pelo IPEC, a pedido do C6 Bank.

Conforme o levantamento, 69% da população quer conhecer melhor o sistema antes de decidir se vai ou não compartilhar seus dados bancários.

Falta pouco menos de um mês para o open banking entrar em vigor em sua totalidade, mas muitos ainda desconhecem este sistema.

A única coisa que a maioria sabe é que o open banking prevê compartilhamento de dados bancários.

A pesquisa aponta que 33% mostra-se interessado em compartilhar seus dados pessoais com os bancos, desde que isso signifique pagar menos tarifas e menos juros.

Por outro lado, o percentual de quem tem receio de autorizar o compartilhamento é alto. Cerca de 43% têm este temor.

Pelo levantamento C6, os entrevistados com mais de 55 anos são os mais receosos, chegando a 51%.

As entrevistas desta pesquisa C6 Bank/Ipec foram feitas entre 22 e 28 de abril, com 2000 brasileiros classe A, B e C e que têm acesso a internet.

Para finalizar, se você ainda não conhece, o C6 Bank é um banco lançado em 2019, com 6 milhões de contas, sem agências físicas e conhecido também pelas ‘tags’ de pedágio grátis.