Fortalecimento muscular e covid-19

O vírus da covid-19 afeta o condicionamento muscular dos pacientes, saiba como se proteger da fadiga

Atualizado em julho 4, 2021 | Autor: Michelle
Fortalecimento muscular e covid-19

Logo quando se tornou conhecida, a doença do coronavírus não apresentava grandes riscos para pessoas que praticam atividades físicas regularmente, existindo apenas sintomas leves.

À medida em que os estudos avançam, novas descobertas vão surgindo. Em 2020, a Agência FAPESP realizou uma pesquisa com 209 pacientes internados em estado grave em dois hospitais de São Paulo e constatou que a atividade física se mostra importante para diminuir a quantidade de casos de internação, mas quando um paciente tem um quadro mais crítico da doença, o fato de serem ativos não muda as condições de risco.

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Já uma pesquisa mais recente da USP foi mais além e subdividiu os grupos chegando à conclusão que os pacientes com mais força e massa muscular se recuperavam mais rápido da doença.

 

O que essas duas pesquisas querem dizer?

Os exercícios físicos aeróbicos e cardios têm efeito sistêmico, melhoram a resposta imunológica, aumentam o metabolismo e reduzem os riscos de doenças cardiovasculares. Caso o indivíduo não possua outras condições físicas, como diabetes e asma por exemplo, é possível que a infecção não ocorra ou se apresente de forma leve.

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Por outro lado, pessoas ativas podem apresentar uma gravidade se tiver uma patologia que seja afetada pela infecção do vírus das Sars-cov2, que tem a característica de enfraquecer as pessoas onde já possui algum tipo de debilidade.

A pesquisa da USP complementa a pesquisa da FAPESP, comprovando que a atividade física beneficia as pessoas mesmo em casos extremos.

 

Os músculos e a saúde

Primeiro precisamos desmistificar a visão de força com uma musculatura aparente, onde a condição de fortalecimento muscular se baseia em trabalhar com as fibras já existentes, já na hipertrofia o ganho de massa muscular não está necessariamente ligado a resistência.

Por isso, não significa que somente pessoas com a musculatura definida teriam mais vantagens de recuperação do que atletas com o corpo mais magro.

Isso acontece porque os músculos mais fortes melhoram a postura e o condicionamento físico, criam resistências a infecções e as atividades associadas melhoram o sistema cardiorrespiratório.

 

Perda muscular por infectados pelo coronavírus

Um trabalho de fortalecimento gradual da musculatura vem sendo estudado e acompanhado pelos médicos, profissionais de educação física e fisioterapeutas.

Além do enfraquecimento causado pela corona vírus, os quadros clínicos graves onde o paciente permanece muito tempo internado levam a uma perda significativa de massa magra, isso porque a infecção pelo coronavírus pode afetar tanto o sistema nervoso central quanto os músculos.

Geralmente esse quadro está relacionado principalmente a um processo inflamatório causados por uma proteína chamada interleucina que atinge pessoas covid-19, e levam a perda muscular.

Outro motivo envolve a quantidade de tempo sem atividade física, com uma alimentação inadequada para circunstâncias e que não favorecem a fibra muscular.

 

Fortalecimento da musculatura para recuperados da covid-19

Quem passa por um quadro grave da doença tem um longo processo de recuperação pela frente inclusive de massa muscular.

Um estudo realizado pelo hospital Sírio-Libanês em São Paulo mostrou que pacientes com quadro grave de COVID-19 podem perder até 2% de massa muscular ao dia durante a internação em unidade de terapia intensiva.

Para os pesquisadores essa perda de massa é extremamente perigosa e grave, porque aumenta o risco desse paciente já adquiri outras infecções além de agravar doenças já existentes.

Por um lado, pessoas que tinham hábitos saudáveis antes de contrair o vírus tem mais chances de recuperar a massa muscular e voltar as atividades com orientação profissional.

É necessário um acompanhamento médico para ver se não houve um comprometimento cardiovascular. É importante ter uma avaliação para não comprometer a recuperação completa do paciente e permitir que ele retome a rotina de atividades.

Um exame que antecede o retorno aos exercícios, é cardiograma e o teste de esteira.

Mas e aqueles que não se internaram e tiveram apenas sintomas leves podem voltar aos exercícios?

Sim, mas de forma gradativa e com treinos de baixa intensidade.

A recomendação é voltar com alguns minutos de alongamento, depois uma caminhada e atividades aeróbicas são uma ótima opção, mas lembre-se não exagere na reabilitação é importante ressaltar que o início das atividades deve ser de baixíssima ou baixa intensidade de acordo com o nível de internação que a pessoa ficou.

É importante também, que a pessoa continue fazendo o monitoramento da oxigenação durante todo esse processo para saber se está tudo ok.

Além desses exercícios se alimentar é fundamental para o corpo ganhar resistência que consiste em uma boa distribuição dos nutrientes como carboidratos gorduras e principalmente as proteínas.

O descanso é fundamental pro bom desenvolvimento dos músculos por isso boas noites de sono precisam fazer parte da recuperação.