Impostos e tributos: conheça as 15 taxas que o brasileiro paga

Conheça os impostos, taxas e tributos que você paga e talvez nem sabia

Atualizado em setembro 18, 2022 | Autor: Michelle
Impostos e tributos: conheça as 15 taxas que o brasileiro paga

O brasileiro está entre um dos povos que mais paga taxas e impostos no mundo, e a origem dessa tradição remonta lá na colonização, quando era cobrado “o quinto” de tudo que era produzido no país.
Você já parou pra calcular a quantidade de cobranças que saem do seu bolso todos os meses? Desde o INSS descontado no salário, até o ICMS cobrado sobre cada produto que você compra no supermercado, são tantas taxas que muitas vezes você paga até sem saber.
Separamos 15 impostos e cobranças que os brasileiros mais pagam. Confira todos eles e descubra se você faz parte dessa realidade.

1. Tarifas Bancárias

Tarifa bancária não é imposto, mas é algo que você é obrigado a pagar se quiser usufruir de um serviço ou produto de determinado banco.
Com o avanço dos bancos digitais, hoje você tem mais opções de se esquivar delas, no entanto, elas existem e estão aí.
A principal questão é que a maioria dos clientes nem sabem tudo o que pagam de tarifas aos seus bancos.
Conforme um levantamento divulgado na imprensa, foi constatado que a média mensal para estes serviços de uma conta de pessoa física é de R$ 27,64, o que é equivalente a R$ 331,68 por ano.

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2. IOF

Se você tem como escapar das tarifas do banco, não tem como escapar do Imposto de Operações Financeiras.
Não sei se você sabe, mas se você usa serviços bancários você está pagando e nem sabia.
Mas, calma, vamos te explicar agora como funciona.
O IOF é de 0,38%, cobrado nas operações de crédito câmbio e seguro, além da bolsa de valores, ou fundo imobiliário.
Sabe quando você entra no cheque especial e paga juros? Pois então, além das taxas do mercado, tem mais o IOF que é cobrado dessa operação.
Outro exemplo de cobrança do IOF ocorre quando você faz compras no exterior.
Funciona assim: sempre que você usa seu cartão de crédito lá fora é cobrado 0,38% do valor da compra.

3. Bandeiras tarifárias na conta de luz

Se você também acha que a conta de luz está cada vez mais cara, um dos motivos nem é o consumo, mas o custo da bandeira tarifária.
Isso ocorre porque a ANEEL, Agencia Nacional de Energia Elétrica, criou um sistema de bandeiras, que é a verde, amarela ou vermelha.
E funciona assim: para cada cor há um custo diferente na tarifa.
E esse valor se baseia na quantidade de chuvas que estão enchendo os reservatórios das hidrelétricas.
Ou seja, quando os reservatórios estão vazios, a bandeira vermelha cobra de você um acréscimo de R$ 3,00 por KWH na sua conta automaticamente.

4. Taxa de Importação

Se você gosta de comprar na China ou nos EUA, você já conhece esta taxa.
E se você não conhece, já deve estar pagando e nem sabia.
A taxa de importação é cobrada pela Receita Federal para cada produto importado que chega ao Brasil e passa pela fiscalização.
O valor do imposto de importação é de 60% do valor do produto, somado ao frete e seguro.
Quer um exemplo?
Se você comprar um celular pela internet a US$ 200 e o valor cobrado pelo frete foi de US$ 30, com mais US$ 10 de seguro, o custo total foi de US$ 240, certo?
Então, usando a cotação de R$ 5,14 como exemplo, o preço em reais ficou em R$ 1.236,60.
Desta forma, ao seu celular será tributado em 60% dessa quantia, o que dá R$ 740,16, deixando seu produto mais caro.

5. ICMS

Agora sim, vamos falar de impostos.
O Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Serviços é um imposto onde cada Estado institui seu percentual.
Sempre que você faz uma compra, parte do seu dinheiro vai para o ICMS do produto/serviço e você nem sabe.
Para saber quanto seu Estado cobra de ICMS, basta verificar o valor descontado dos produtos na nota fiscal.

6. IPTU e IPVA

Se você é proprietário de imóvel deve pagar anualmente o IPTU.
Da mesma forma, quando você compra um carro, todo santo ano precisa pagar o IPVA.
O Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) é calculado com base no valor do imóvel atribuído pela Prefeitura do seu município.
Já o IPVA é o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores, e deve ser pago ao Estado, mas parte dele, 50%, retorna aos cofres do município.
Tanto um como o outro, em teoria, revertem parte do valor em obras viárias, através do Estado ou do Município. Em teoria!

7. Serviço de Despacho Postal

Se segura aí, talvez esta é mais uma novidade que você nem sabia.
Desde 2018, os Correios passaram a cobrar despacho postal em todas as encomendas internacionais, no valor de R$ 15.
Com o aumento de importações, os Correios precisaram investir mais e assim criou-se esta tarifa sobre todos os produtos.

8. INSS e FGTS

Se você tem carteira assinada, com certeza já reparou no seu contracheque os descontos mensais do seu salário destinados ao INSS e FGTS.
Segundo a Lei, você como contribuinte deve pagar o INSS sobre a remuneração mensal, seja de 20%, 11% ou 5% dos seus rendimentos.
Já o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é uma espécie de conta poupança. Sim, vai nessa!
Funciona assim, todos os meses a empresa onde você trabalha deposita 8% do seu salário em uma conta na Caixa Federal, cuja grana é sua, mas você só pode sacar em caso de determinado tipo de demissão ou aposentadoria.

9. IPI

O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) é um tributo Federal.
Ele é mais um desta salada de siglas, porém, cobrado de você quando o produto da sua compra sai da fábrica.
Sua função é arrecadar recursos para o cofre nacional e seu valor não é fixo, pois cada governo aumenta ou isenta o IPI como quiser, para aquecer a economia, por exemplo.
Sendo assim, o IPI é usado estrategicamente pelo Governo Federal para produtos industrializados considerados essenciais pela população.

10. ISS

O ISS é um Imposto Sobre Serviços, de arrecadação municipal.
A alíquota deste imposto varia entre 2% a 5%.
Na nota fiscal de serviços, por exemplo, quando você contrata um profissional para consertar algo na sua casa, ele pode colocar o custo do ISS acrescendo o valor do serviço.

11. Taxa de Embarque

Não é imposto, não é tributo e nem contribuição, mas esfola todo mundo que precisa usar aeroporto para viajar.
Pois é, ao comprar uma passagem aérea, você está pagando uma cobrança chamada de taxa de embarque.
Esta taxa varia de acordo com o aeroporto onde vai ser realizada sua viagem.
Segundo consta, essa taxa é destinada à Infraero ou à empresa administradora do aeroporto, se ele for privado, pois daí vem a grana para melhorias e investimentos no aeroporto.
Os valores dessa taxa são distintos e dependem do tipo de viagem que você vai fazer, se é nacional ou internacional.

12. Anuidade do Cartão de Crédito

Há pouco tempo, todo mundo era refém da anuidade dos cartões de crédito.
Felizmente, os tempos são outros e quem não quer pagar, já pode solicitar cartão sem anuidade.
Mas, a anuidade do cartão ainda existe.
E quem paga aceita (ou precisa) pagar porque, em geral, estes cartões que possuem mais benefícios.
Pelo menos, neste item, você tem poder de escolha, bem diferente de outras taxas e impostos que comentamos aqui.

13. Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF)

Por falar em poder de escolha, quando o assunto é Imposto de Renda, não adianta chorar.
A primeira coisa que você precisa saber sobre o imposto de renda é que ele não é obrigatório, porém, se o seu rendimento é superior a R$ 28.559,70, você precisa declarar.
Os contribuintes que pagam IRPF devem informar à Receita Federal o valor que receberam no ano, bem como o valor total de seus bens e direitos, como imóveis e veículos.

14. Taxa de Administração

A taxa de administração é o pagamento que corretoras do seu fundo de investimento cobram de você.
Essa taxa costuma estar presente nas aplicações de renda fixa, fundos de investimento, consórcios e demais produtos financeiros, inclusive, de bancos.
Quer um exemplo? O Nubank passou a oferecer o serviço de compra e venda de criptomoedas.
Quando você compra, por exemplo, R$ 1.000 em Bitcoin ou Ethereum, de cara ficam somente R$ 980 e “alguma coisa”, pois já é descontada a taxa de administração no ato.

15. CPMF

Felizmente, a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) não existe mais.
Ela foi uma cobrança que incidiu sobre todas as movimentações bancárias que vigorou entre 1996 e 2007.
Mas, a toda hora, algum político ou governo sugere a recriação desta taxa com objetivo de destinar à saúde, algo que nunca (ou raramente) aconteceu quando existia.

Impostos, tributos, contribuições e taxas

E aí, gostou deste breve conteúdo?
Aqui está o mapa para onde vai parte do seu dinheiro e você nem sabe.
Infelizmente, colocamos somente 15, mas a lista é muito maior.
Aqui não falamos em Pis/Pasep e nem COFINS, da mesma forma que não falamos na Guia DAS, para profissionais liberais.
Não falamos na DAS MEI, também não falamos em pedágios e nem em contribuição de melhorias, que é uma forma de uma Prefeitura te cobrar para asfaltar uma rua, por exemplo.
Se você lembrar de uma e quiser sugerir para a gente, manda um e-mail que vamos incluir neste texto.