Inflação cresce em 0,86% no mês de outubro
Os alimentos foram os produtos que registraram o maior aumento nos preços durante o mês de outubro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o índice oficial da inflação brasileira, subiu em 0,86% no mês de outubro, de acordo com os dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na última sexta-feira, 6 de novembro.
O IPCA mede a variação do custo de vida de famílias brasileiras que possuem uma renda mensal entre 1 a 40 salários. Sendo assim, um dos objetivos do índice é fazer com que o governo elabore estratégias para manter a inflação sob controle.
A alta registrada em outubro foi a maior para o mês de outubro desde o ano de 2002, quando houve um aumento de 1,31% e, ainda, é a maior taxa desde dezembro de 2019, quando a inflação aumentou em 1,15%.
Com o aumento, o IPCA acumulado de 2020 passou a registrar alta de 2,22% e, no acumulado de 12 meses, alta de 3,92%. Sendo assim, o IPCA acumulado está perto de ultrapassar a meta de inflação, que é de 4% ao ano.
Alimentos são os produtos que mais encareceram
Assim como em setembro, os alimentos foram o grupo que mais impactaram a inflação brasileira no mês de outubro. Dessa forma, os alimentos impactaram o IPCA em 0,39%, havendo uma variação de preço de 1,93%.
Os alimentos que mais subiram foram o arroz (13,36%), óleo de soja (14,44%) e as carnes (4,25%). Além disso, o tomate também apresentou aumento de 18,69% e o preço da batata-inglesa também apresentou aumento de 17,01%. As frutas também tiveram um aumento de 2,59%.
Entretanto, alguns alimentos apresentaram uma queda em seus preços, como a cebola (-12,57%), a cenoura (-6,36%) e o alho (-2,65%).
O setor de transporte foi o segundo setor que mais impactou o índice (0,24), apresentando uma variação de preço de 1,19%.
A seguir, veja a variação de preço de todos os setores pesquisados durante o levantamento do IPCA.
- Alimentação e bebidas – 1,93%
- Artigos de residência – 1,53%
- Transportes – 1,19%
- Vestuário – 1,11%
- Habitação – 0,36%
- Saúde e cuidados pessoais – 0,28%
- Comunicação – 0,21%
- Despesas pessoais – 0,19%
- Educação – 0,04%
Inflação cresceu em todo o Brasil
O IBGE também divulgou os dados referentes à inflação em todas as 16 regiões pesquisadas. O maior índice foi registrado em Rio Branco (1,37%), e Salvador teve o menor índice registrado, 0,45%
A seguir, confira o índice por regiões:
- Rio Branco – 1,37%
- Belém – 1,18%
- São Luís – 1,1%
- Belo Horizonte – 1,08%
- Brasília – 1,02%
- Curitiba – 1,02%
- Campo Grande – 0,91%
- Vitória – 0,91%
- São Paulo – 0,89%
- Aracaju – 0,87%
- Goiânia – 0,85%
- Fortaleza – 0,83%
- Recife – 0,82%
- Porto Alegre – 0,63%
- Rio de Janeiro – 0,59%
- Salvador – 0,45%
Dessa forma, podemos perceber que apenas 6 das 16 regiões pesquisadas apresentaram um índice inflacionário menor que a média registrada no Brasil.
A meta