Inflação cresce em 0,86% no mês de outubro

Os alimentos foram os produtos que registraram o maior aumento nos preços durante o mês de outubro

Escrito em novembro 7, 2020 | Autor: Michelle Verginassi
Inflação cresce em 0,86% no mês de outubro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o índice oficial da inflação brasileira, subiu em 0,86% no mês de outubro, de acordo com os dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na última sexta-feira, 6 de novembro.

O IPCA mede a variação do custo de vida de famílias brasileiras que possuem uma renda mensal entre 1 a 40 salários. Sendo assim, um dos objetivos do índice é fazer com que o governo elabore estratégias para manter a inflação sob controle.

A alta registrada em outubro foi a maior para o mês de outubro desde o ano de 2002, quando houve um aumento de 1,31% e, ainda, é a maior taxa desde dezembro de 2019, quando a inflação aumentou em 1,15%.

Com o aumento, o IPCA acumulado de 2020 passou a registrar alta de 2,22% e, no acumulado de 12 meses, alta de 3,92%. Sendo assim, o IPCA acumulado está perto de ultrapassar a meta de inflação, que é de 4% ao ano.

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Alimentos são os produtos que mais encareceram

Assim como em setembro, os alimentos foram o grupo que mais impactaram a inflação brasileira no mês de outubro. Dessa forma, os alimentos impactaram o IPCA em 0,39%, havendo uma variação de preço de 1,93%.

Os alimentos que mais subiram foram o arroz (13,36%), óleo de soja (14,44%) e as carnes (4,25%). Além disso, o tomate também apresentou aumento de 18,69% e o preço da batata-inglesa também apresentou aumento de 17,01%. As frutas também tiveram um aumento de 2,59%.

Entretanto, alguns alimentos apresentaram uma queda em seus preços, como a cebola (-12,57%), a cenoura (-6,36%) e o alho (-2,65%).

O setor de transporte foi o segundo setor que mais impactou o índice (0,24), apresentando uma variação de preço de 1,19%.

A seguir, veja a variação de preço de todos os setores pesquisados durante o levantamento do IPCA.

  • Alimentação e bebidas – 1,93%
  • Artigos de residência – 1,53%
  • Transportes – 1,19%
  • Vestuário – 1,11%
  • Habitação – 0,36%
  • Saúde e cuidados pessoais – 0,28%
  • Comunicação – 0,21%
  • Despesas pessoais – 0,19%
  • Educação – 0,04%

Inflação cresceu em todo o Brasil

O IBGE também divulgou os dados referentes à inflação em todas as 16 regiões pesquisadas. O maior índice foi registrado em Rio Branco (1,37%), e Salvador teve o menor índice registrado, 0,45%

A seguir, confira o índice por regiões:

  • Rio Branco – 1,37%
  • Belém – 1,18%
  • São Luís – 1,1%
  • Belo Horizonte – 1,08%
  • Brasília – 1,02%
  • Curitiba – 1,02%
  • Campo Grande – 0,91%
  • Vitória – 0,91%
  • São Paulo – 0,89%
  • Aracaju – 0,87%
  • Goiânia – 0,85%
  • Fortaleza – 0,83%
  • Recife – 0,82%
  • Porto Alegre – 0,63%
  • Rio de Janeiro – 0,59%
  • Salvador – 0,45%

Dessa forma, podemos perceber que apenas 6 das 16 regiões pesquisadas apresentaram um índice inflacionário menor que a média registrada no Brasil.

A meta