Já sabe quando usar o open banking?

Saiba mais sobre a nova tecnologia que transformará a forma como você lida com seus dados financeiros nas relações de consumo

Atualizado em fevereiro 3, 2021 | Autor: Rodrigo
Já sabe quando usar o open banking?

Se você quiser estudar em uma universidade norte-americana, já sabe: tem que apresentar um bom histórico escolar para ser admitido.

Também para garantir um bom emprego, muitas vezes o que pesa a seu favor é o currículo que você construiu ao longo de anos.

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E se você pudesse utilizar o seu retrospecto bancário, com todos os rendimentos e cobranças, e buscasse soluções personalizadas?

Pois é, em breve, se você quiser, poderá adotar mais um dos novos hábitos tecnológicos do mercado financeiro. (É, PIX, a fila andou…)

Neste post, explicamos o que é o open banking, quais suas vantagens, restrições e quando você poderá, enfim, utilizá-lo.

O que é o open banking?

A melhor tradução que encontramos foi essa: sistema bancário aberto. Afinal de contas, é isso mesmo. Ao menos, aos clientes.

Cada um terá a autonomia de permitir o acesso a todo seu histórico, sem necessidade de solicitar tudo ao banco, ao gerente.

É imprescindível lembrar que esse compartilhamento, devidamente permitido pelo cliente, será regido pela Lei Geral de Proteção de Dados.

Ok, mas como será possível integrar os sistemas?

Esta pergunta é para os universitários – os dos cursos de tecnologia, em particular – mas vamos responde-la de uma forma, digamos, mais simples.

A integração se dá por meio de API (interface de programação de aplicativo, em português). A tradução já é metade da explicação.

Ou seja: é através de APIs abertas que suas informações poderão transitar pelo mercado quando você permitir.

Na prática, como vai funcionar?

Vamos lá: você precisa de um crédito pessoal e decide lançar mão de seus dados ao solicitar a proposta de um banco.

Você então autoriza que esta instituição possa ter acesso, autorizando-o por um aplicativo ou pelo internet banking.

É a integração do sistema bancário que permitirá esta praticidade de troca de dados em tempo real, sem intermediários.

Meus dados por aí? Que segurança há nisso?

Pois é. Eis uma pergunta inevitável: que garantia eu tenho de que minhas informações não serão utilizadas para atos ilícitos? (Outra pergunta!)

Resposta honesta: segundo especialistas em segurança em informação, a operação não está 100% segura.

Não necessariamente pelo sistema, para o qual as instituições bancárias têm investido fortunas em aprimoramento em segurança.

Além dos hackers, a preocupação é com o acesso indevido aos dados e o que se fará com eles, depois de consultados.

Quanto mais disponibilizados, mais seus dados estarão ‘replicados’, o que amplia o risco de eventuais vazamentos.

Que cuidados devo tomar então?

No que depender da sua parte como usuário do open banking, é importante que você tenha alguns cuidados:

  • Instale e atualize sempre o antivírus do seu celular
  • Não acesso mensagens suspeitas
  • Não lance mão do open banking com empresas de reputação duvidosa
  • Nunca negocie o acesso a seus dados a terceiros (sim, acredite, há quem vá se aventurar nisso)
  • Troque as senhas

Em caso de vazamento indevido dos meus dados, a quem recorrer?

Caso você tenha suas informações acessadas indevidamente, deverá acionar a empresa envolvida imediatamente.

A punição é salgada no bolso da instituição infratora: de advertência a multa de até 2% do faturamento, por ocorrência, segundo a LGPD.

Quais seriam as vantagens então?

Afora os aprimoramentos tecnológicos e comportamentais, o open banking tem o propósito de proporcionar maior autonomia para consumo de produtos e serviços.

A tendência é que a concorrência possibilite maior competitividades e redução de custos – e de valores ao consumidor também, não é mesmo?

Outro benefício do open banking é a possibilidade de oferta de uma condição personalizada para cada cliente, a partir da análise de seus dados.

Quando o open banking inicia operação no Brasil?

Em tese, já começou, em 1º de fevereiro. Mas trata-se apenas uma das quatro fases de implantação definidas pelo Banco Central.

Ao longo de todo este primeiro semestre ainda não haverá troca de dados, o que deverá ocorrer a partir de 15 de julho.

Na terceira fase, com início em 30 de agosto, já será possível fazer até pagamentos fora do ambiente do banco pelo sistema.

A consolidação da implantação do open banking no Brasil se dará a partir de 15 de dezembro, com pleno compartilhamento de dados de produtos e serviços.