Jeff Bezos, um ‘ET’ no mundo dos negócios

Saiba porque o bilionário decidiu deixar de ser o CEO da Amazon. Confira algumas das lições que ele carrega em seu legado

Atualizado em fevereiro 22, 2021 | Autor: Rodrigo Viudes
Jeff Bezos, um ‘ET’ no mundo dos negócios

Lançado no início dos anos 2000, um sucesso do cantor e compositor maranhense Zeca Baleiro embalou o ‘clube dos empregados’ com um refrão delirante:

“Eu despedi o meu patrão / desde o meu primeiro emprego / trabalho eu não quero não / eu pago pelo meu sossego…”

Ah, quanta gente não cantarolou, sonhando com aquele dia em que pudesse botar pra valer e pedisse as contas lá na firma.

Mas, e quando é o próprio patrão quem decide deixar o seu ‘emprego’ – tipo o melhor do mundo em sua área?

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Só um cara muito rico para se dar ao luxo de abrir mão do comando de uma grande companhia, né Jeff Bezos?

Sim, ele pediu para ‘sair’

Não sei se você ainda não sabe, mas o todo-poderoso da Amazon decidiu ‘trocar o boné’ na empresa que fundou.

O anúncio foi feito pelo próprio Bezos, em 2 de fevereiro de 2021. Na prática, ele vai deixar de ser o CEO da empresa.

O cargo passará a ser ocupado por Andy Jassy, até então à frente da Amazon Web Services, outra mina de ouro do grupo.

Bezos, no entanto, não deixará a Amazon. Ficará ‘apenas’ na presidência executiva do conselho. A troca vai ser efetivada no terceiro trimestre.

O que ele tem na cabeça para deixar de ser CEO da Amazon?

Se você ficou intrigado com esta história, não se preocupe. Nem o próprio Jeff Bezos está, pode acreditar.

Enquanto os cabelos rareiam cada vez mais, as ideias não param na cabeça reluzente deste bilionário norte-americano.

Bezos não deixaria seu tão cobiçado cargo por passatempos – e, aos 57 anos e mais do que rico, ele dispensa qualquer hipótese de aposentadoria.

Ao espaço e avante!

A pegada de Bezos é com um segmento comercial a anos-luz da exploração humana e com baixíssima concorrência (ainda!): o universo.

Sim, Bezos está no mundo da lua, literalmente, a bordo de sua empresa aeroespacial, a Blue Origin (Origem azul, em português).

Inclusive, Bezos trabalha para levar o homem novamente para lá até 2023. E, claro, Marte também está na rota ambiciosa do megaempresário.

Fortuna estratosférica

Por falar em ambientes ainda inabitados – ou com rara presença humana – Bezos é um destes privilegiados entre nós.

Não, ele ainda não saiu do planeta. Mas, a conta bancária de Bezos é coisa de outro mundo: beira dos US$ 200 bilhões (R$ 1,1 trilhão).

Bezos flutua, distante, ao lado de outro extraterrestre e concorrente nesta corrida espacial: o diretor-executivo da SpaceX e seu colega bilionário, Elon Musk.

De volta à Terra…

Entre nós, pobres mortais (bota pobre nisso, na comparação a estes dois aí, pelo menos no bolso), Bezos tem outros propósitos terrestres.

Entre os motivos alegados para deixar o cargo de CEO está dedicar-se mais para a Bezos Day One Fund.

Lançada em 2018, a fundação já largou com US$ 2 bilhões. O dinheiro tem sido investido em projetos que promovem moradia e educação.

Bezos também quer mais tempo para o jornal. O dele, claro. Um tal de Washington Post, dos Estados Unidos. A compra, em 2013, foi em dinheiro: US$ 250 milhões.

Respira fundo aí

Depois de ler tudo isso, certamente você deve estar com as mãos na cabeça e se perguntando: ‘Gente, que mundo eu vivo?’.

Resposta cínica, mas verdadeira: no mesmo que Jeff Bezos, apenas em condições e com escolhas diferentes das dele.

Isso mesmo: ele só alçou voo em seus negócios porque traçou sua vida por caminhos que o levaram onde está hoje.

Ao menos por enquanto, fique com algumas lições de Jeff Bezos para você que também pretende ‘subir na vida’:

  • Agregue novos negócios ao principal
  • Aprenda com o fracasso (essa é manjada, mas tem gente que prefere desistir)
  • Dê tempo para as inovações
  • Foque o cliente, não a concorrência
  • Seja suscinto e objetivo em sua comunicação
  • Tenha coragem de assumir grandes riscos