Mercado imobiliário na contramão da pandemia

Apesar dos impactos econômicos gerados pela crise, estamos no melhor momento dos financiamentos

Atualizado em abril 6, 2021 | Autor: Michelle
Mercado imobiliário na contramão da pandemia

A pandemia trouxe consigo novas necessidades, não só quando ao delivery como em relação a qualidade de vida.

Não à toa, houve um aquecimento no mercado imobiliário depois do impacto dos primeiros meses de pandemia em 2020.

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Após o primeiro susto, há um ano, muitos viram que precisavam mudar de apartamento, trocar de casa ou mesmo ampliar.

O famoso puxadinho foi uma das demandas trazidas a tona ou antecipadas por conta do home office.

Sabe como é, com mais tempo em casa, todo mundo viu a necessidade de mudar uma parede, ampliar a cozinha e até ter um espaço adequado, para tirar o home office da sala de estar.

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É que trabalhar de casa deixou de ser uma comodidade aleatória para ser um item essencial.

Você sabe, não tem como se concentrar no home office com filhos correndo ao fundo da imagem da câmera da reunião de trabalho ou cachorro latindo e coisas do gênero.

É aí que entra o financiamento imobiliário.

Mas será que adquirir um imóvel neste cenário de pandemia é uma boa alternativa? É isso que vamos esclarecer neste post.

 

Melhor cenário da última década

A resposta da pergunta anterior é: sim. Esse é o melhor contexto dos últimos 10 anos para comprar a casa própria, ou seja, ter seu próprio imóvel através de financiamento.

Com os juros mais baratos, o crédito de financiamento se tornou mais acessível. Taxas lá em baixo e Selic neste patamar, há muito não acontecia.

Com a vacina, a tendência era que a economia fosse se recuperando e a taxa Selic voltasse aos patamares anteriores.

Mesmo assim, a tendência é que continue razoavelmente baixa. Inclusive, o COPOM (Comitê de Política Monetária) se reuniu daí 17 de março e elevou a Selic para 2,75% ao ano.

A Selic estava em seu menor patamar desde agosto de 2020, quando a taxa básica de juros foi fixada em 2% ao ano. A taxa de juros subiu, mas nada que atrapalhasse o financiamento.

 

Recorde histórico no financiamento

 

Prova do bom momento para quem busca esta modalidade de negócio é que o financiamento imobiliário cresceu mais de 57% no ano passado.

Foi um recorde histórico: R$ 123, 9 bilhões em financiamentos imobiliários, seja para compra ou construção de imóveis em 2020.

O crescimento exponencial foi de 57,5% em comparação com 2019, segundo as entidades ligadas ao setor.

E quem comemora estes números é a Caixa Econômica Federal, que é o “banco da habitação” no Brasil.

Este banco estatal teve aumento de 102% na concessão de empréstimos para imóveis.

Ao todo, 43% de todo financiamento imobiliário feito no Brasil, foi feito pela Caixa.

 

Saiba por quanto tempo o cenário será bom para financiamentos

 

A possibilidade de manter a taxa de juros contratada durante todo financiamento mesmo com alteração da Selic, é uma das grandes vantagens deste cenário.

Por isso, com Selic a 0,75% ao ano mais alta ou não, o cenário continua positivo para quem quiser sair do aluguel e financiar.

Segundo especialistas, isso vai continuar assim pelos próximos quatro ou cinco anos. Até lá, o mercado no setor imobiliário será bom para o financiamento.

A questão é que esta boa maré para financiar com boas taxas e boa negociação, pode fazer com que a procura por imóveis aumente bastante.

Se isso acontecer, como rege a lei mais antiga do mercado, as melhores oportunidades de negócio podem ser perdidas.

Isso porque o preço dos imóveis tende a aumentar, com mais procura devido a facilidade em financiar, do que em relação a oferta mais abundante de imóveis.

 

 

Cuidados antes de financiar um imóvel

Mas nem tudo são flores no mercado financeiro.

Antes de adquirir um financiamento, é preciso estudar bem o tipo de financiamento e fazer um planejamento financeiro.

Este tipo de compra passa dos 200 a 300 meses de financiamento, com parcela vencendo todo santo mês. Por isso, não pode ser uma compra por impulso, afinal, são mais de 20 anos.

E na hora de se planejar, é importante fazer o cálculo, verificar os juros, as oportunidades de mercado, a localização do imóvel e uma série de outros motivos que fazem toda a diferença.

Se você não se sente confortável, o mesmo é não fazer negócio.

Ou procurar um assessor de investimentos para ajudar ou sanar as dúvidas do economês ou das letras minúsculas no rodapé dos contratos.