Conheça as novas variantes e protocolos do coronavírus
Novas variantes da Covid-19: O que são e como se proteger contra mutações do coronavírus
Depois de um ano do início da pandemia, novas formas e variantes do coronavírus têm chamado a atenção e atormentado o mundo todo.
As novas cepas identificadas no Brasil, e em países como Reino Unido e outros, podem ser mais transmissíveis e mais letais.
Estas novas variantes têm capacidade de driblarem o sistema imune e causar reinfecção.
Para esclarecer sobre as novas variantes e te ajudar a clarear as ideias em relação aos novos protocolos, trouxemos este post.
Antes disso, não custa repetir exaustivamente: usar a máscara, lavar as mãos e higienizá-las com álcool em gel continuam sendo o melhor remédio.
Além de priorizar o isolamento social, este é o mantra. Enfim, são estes e outros cuidados que vão te ajudar na contenção da Covid-19.
Entenda se as máscaras de pano protegem contra as novas cepas
As máscaras de pano, chamadas de caseiras, protegem contra as novas cepas.
A questão é que elas precisam ser readaptadas. É preciso fazer máscara com três camadas.
Ou a saída é usar nossas antigas máscaras (as de duas camadas) uma sobre a outra, ou seja, duas máscaras com dois panos cada uma. É melhor que sobre do que falte camada, não é?
Há estudos que mostram que uma máscara caseira bem-feita e bem ajustada ao rosto, protege igual uma máscara médica hospitalar.
Esta máscara precisa cobrir até acima do nariz e bem abaixo do queixo, cobrindo totalmente a boca nas laterais também.
Caso sua máscara antiga não seja como esta, você precisa ajustar ou usar duas, uma sobre a outra.
Neste caso, se a sua máscara caseira for reforçada não será necessário comprar máscara hospitalar.
Saiba quais os cuidados você deve tomar para não contrair novas cepas
O cuidado é o mesmo desde o início da pandemia, mas reforçando estas medidas.
Mas nem só a máscara vai nos deixar imunes. A gente precisa continuar se cuidando.
Evite aglomeração, mantenha um distanciamento de dois metros e lave sempre as mãos.
Se você fizer isso, sua proteção pode ficar próxima de 100%. Em suma, temos que manter aqueles cuidados anteriores, que você sabe de cor e salteado há um ano.
Conheça as variantes mais transmissíveis
Estas novas variantes têm capacidade de transmissão mais fácil.
Um exemplo hipotético, se antes você precisava de 50 vírus para te infectar, agora com apenas 5 você já será infectado.
O surgimento destas novas variantes já era esperado, porque é da natureza do vírus sofrer mutação.
As mutações acontecem porque, quando o vírus entra em uma célula, se replica para se espalhar.
Quanto mais o vírus se multiplicar, mais mutações ele vai acumular. Quanto mais pessoas infectadas, mais chances de surgirem novas variantes.
E ao que tudo indica, elas podem ser mais transmissíveis que as cepas anteriores.
O vírus continuará se replicando. Há mutações que enfraquecem e eliminam o vírus, assim como existem outras que deixam o agente infeccioso mais forte e resistente.
Estudo publicado na revista Science, em março, indica que a variante britânica batizada de B.1.1.7, tem entre 43% e 90% maior risco de contágio.
Outro estudo divulgado pelo governo britânico aponta que esta cepa é mais letal do que a original, acarretando em um aumento de 40% a 60% no risco de hospitalização e de óbitos.
Sobre a variante P1 (Brasil), estudo preliminar da Imperial College evidencia que de um total de 100 infestados, entre 25 e 61 estão suscetíveis a uma reinfecção.
Esta variante brasileira, por sua vez, carrega mutações que tornam o coronavírus mais contagioso e mais resistente aos anticorpos da doença.
Você sabia que as novas cepas podem causar reinfecção?
Estudos iniciais indicam que as novas variantes sofreram mutações que podem escapar da resposta imune e causar reinfecção.
Mas a gente acredita que essa reinfecção seja mais branda. Mesmo assim, é preciso manter os cuidados.
Isso porque uma pessoa que se reinfectou pode passar o vírus para outra que nunca foi infectada. E essa pessoa pode apresentar sintomas mais graves.
Mesmo quem já foi infectado deve continuar se protegendo, já que a reinfecção pode acontecer.
Quem já se contagiou com o novo coronavírus pode, sim, ser contaminado por uma variante.
Algumas cepas carregam uma carga viral mais alta e possuem um maior poder de contágio.
Por este motivo, não custa repetir, estão recomendando o uso de máscaras mais eficazes ou, até mesmo, o uso de duas máscaras de proteção
Porque as vacinas são eficazes contra as variantes
As vacinas é estão funcionando ainda. Ainda. Mas é uma preocupação importante que temos quanto a isso.
Acredita-se que as vacinas vão funcionar sim, protegendo da forma grave.
Mas uma outra questão é que talvez no próximo ano as vacinas vão precisar de serem adaptadas.
É isso que ocorre, por exemplo, com a da Influenza, a “vacina da gripe” que é feita na rede pública e privada do Brasil todos os anos.
Desta forma, talvez elas tenham que mudar a cada ano ou a cada par de ano, para continuar aumentando sua eficácia.
Mesmo quando as vacinas contra a Covid-19 estiverem no calendário de vacinação, o vírus continuará sofrendo mutações, como ocorre com a gripe.