Novo aumento da selic
Com novo aumento taxa de juros chega a 5,25% ao ano
Após o quarto aumento sucessivo, no último dia 4 de agosto o Banco Central definiu em Reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) pelo aumento da taxa Selic para 5,25% ao ano.
O novo aumento é motivado principalmente pela necessidade de conter a inflação, e tem ação direta sobre empréstimos e investimentos.
Veja a seguir como fica o cenário com o novo aumento da taxa de juros.
Entenda o que motivou o novo aumento da Taxa Selic
A decisão de aumentar pela quarta vez seguida a Taxa Selic em 1 ponto percentual, chegando a 5,25% ao ano é motivada principalmente pela necessidade de conter a inflação, que vem sendo impactada principalmente pelo aumento da energia elétrica, pela desvalorização do câmbio e pelo aumento de preço das commodities.
Além disso, a expectativa de retomada da economia graças ao andamento da vacinação no país também traz um cenário positivo de aceleração de alguns setores, principalmente de serviços, o que pode impactar ainda mais nos preços gerais e consequentemente no aumento da inflação.
Como o aumento da taxa Selic impacta nos empréstimos?
A taxa Selic é o principal índice de referência para a taxa de juros sobre empréstimos no Brasil.
Dessa forma, com o novo aumento da Selic, o custo dos empréstimos tende a aumentar, com juros maiores sobre as linhas de crédito.
Em 2020 a taxa de juros chegou ao menor patamar histórico, ficando em 2% ao ano. Com isso as condições para realizar empréstimos de modo geral foram as mais favoráveis.
No entanto, mesmo com o quarto aumento consecutivo da Selic, uma taxa de juros na casa de 5,25% ainda é considerada baixa no Brasil, e, portanto, mesmo com o aumento dos juros, pode-se dizer que a condição para realizar empréstimos e financiamentos ainda pode ser favorável em diversas situações.
Por isso é importante avaliar bem as condições oferecidas para decidir se ainda é um bom momento para utilizar uma linha de crédito.
Como a Selic em 5,25% impacta nos investimentos?
O aumento da taxa de juros impacta também diretamente nos investimentos. Isso porque a remuneração sobre investimentos em renda fixa também é atrelada à Selic.
Com o novo cenário de aumento da Selic, tanto a poupança como os investimentos atrelados ao CDI tendem a apresentar melhores ganhos em comparação aos últimos anos.
É preciso lembrar que a poupança começa a ter um ganho um pouco maior do que nos últimos períodos, porém ainda assim abaixo da inflação prevista. Portanto essa continua não sendo a melhor opção de investimento para quem espera um rendimento melhor. Já investimentos como LCI, LCA, Debentures e Títulos do Tesouro podem ser bastante beneficiados por esse novo cenário.
Quanto aos investimentos ligados a ações por exemplo, é preciso lembrar que mesmo com o novo aumento, a Taxa Selic ainda permanece historicamente baixa, e, portanto, o cenário ainda é bastante positivo no que diz respeito à atividade econômica de modo geral. Portanto o momento ainda é bastante positivo para investimentos em renda variável como ações, que podem ser interessantes para compor uma carteira, diversificando riscos e ganhos.
Qual a previsão para a inflação com o novo aumento da taxa Selic?
A inflação é medida principalmente através do índice IPCA, que considera uma série de itens que impactam no consumo das famílias brasileiras, como transportes, habitação, alimentação e bebidas.
A taxa de juros está diretamente ligada ao IPCA, visto que quanto menor a Selic, mais o consumo é impulsionado, e automaticamente, quando mais aquecida a economia, a tendência é de aumento de preços.
Em contrapartida, desde o início do ano o Banco Central vem aumentando a taxa Selic com o objetivo principal de conter a inflação. A previsão para o IPCA em 2021 é de 5,8%, porém a expectativa é de que esse índice acabe sendo ainda maior. Por isso, na última reunião do Copom realizada no início de agosto a decisão foi de aumentar novamente a taxa Selic, para tentar se manter a inflação controlada.