O que é crédito rotativo?
Descubra como funciona e como não cair no rotativo do cartão!
O cartão de crédito lança todo mês aos seus clientes um valor referente ao total da fatura.
Caso o cliente tenha como efetivar o pagamento deste valor total até o vencimento, ele estará em dia com o cartão de crédito e o limite que se encontrava comprometido até aquela data, é devolvido para utilização em compras futuras.
Bem, isso seria o ideal, mas nem sempre é possível ter o dinheiro para pagar a totalidade da fatura.
Quando isso acontece, o cartão de crédito permite que valores menores sejam pagos, mas a diferença desse crédito será reinserida na fatura seguinte, juntamente com os juros previstos.
O limite de crédito disponível é diretamente afetado pelo pagamento realizado. Assim, se o total da fatura não foi pago, o valor remanescente é reintegrado para crédito futuro, comprometendo esse limite. Isto é o que define o crédito rotativo.
Como começa a vigorar o crédito rotativo?
A contratação do crédito rotativo é automática. Basta o cliente do cartão de crédito deixar de pagar a totalidade de fatura, que ele já passa a utilizar do crédito rotativo e passa, também, a estar sujeito aos juros previstos.
Geralmente, há no corpo da fatura, algumas opções para o seu pagamento, já estando especificados também os juros que serão aplicados em caso de adesão dessas opções pelo cliente.
Entre essas opções temos:
– Pagamento mínimo da fatura:
Esse pagamento (pode variar) quase sempre se limita à 15% do valor total lançado naquela fatura. Digamos que essa seja a situação, então os 85% restantes do valor passam para o vencimento na próxima fatura, com aplicação dos juros que estão previstos nessa modalidade de pagamento;
– Parcelamento da fatura:
Essa opção de pagamento parcelado pode vir já devidamente descriminada na fatura, onde se apresentam valores específicos para pagamento caso o cliente queira realizar o parcelamento em uma quantidade determinada de vezes.
Por exemplo: se a sua fatura veio num total de 1000,00 reais, o cartão pode já lhe apresentar como opção de parcelamento em 4 vezes de R$ 280,00 ou em 6 vezes de R$ 250,00.
Para contratar qualquer dessas opções basta fazer o pagamento da fatura no valor exato da parcela que escolher;
– Pagamento de qualquer quantia acima do valor mínimo:
Quando se paga um valor intermediário entre o total da fatura e mínimo permitido, não se fazendo opção pelo parcelamento, o valor remanescente será cobrado em sua totalidade na próxima fatura.
– Não pagamento da fatura:
Neste caso, a totalidade do valor da fatura vai se somar à fatura seguinte. Mas ela ainda virá acompanhada de multa e dos juros do crédito rotativo.
Então, posso usar do crédito rotativo sempre que quiser?
Bem, se você fez uma leitura atenta até aqui, percebeu que utilizar do crédito rotativo é uma opção, mas não é recomendado.
Ocorre que a utilização do crédito rotativo é um dos maiores vilões do endividamento atual. Os juros praticados neste tipo de crédito podem atingir 356,8% ao ano.
A regra hoje imposta pelo Banco Central é de que o pagamento mínimo do cartão só pode ser utilizado no primeiro mês de dívida, não havendo essa opção para a fatura do mês seguinte, devendo a administradora do cartão de crédito realizar o parcelamento dos valores devidos em juros mais módicos, mas ainda assim altos.
Como não cair no rotativo do cartão?
O melhor conselho é sempre pagar o total da fatura, evitando assim a contratação do crédito rotativo.
Claro que, isto não sendo possível, a melhor opção é pagar o maior valor possível, entre o total e o mínimo. Assim, os juros do crédito rotativo incidirão somente sobre a diferença, o que vai lhe aliviar no total da próxima fatura.
E vale lembrar que esta diferença poderá ser paga a qualquer momento (se solicitado pelo cliente à administradora do cartão) antes mesmo de ser lançada a próxima fatura, caso você tenha conseguido o dinheiro que faltava, não vale a pena esperar o passar dos dias para pagar somente na fatura seguinte, assim você paga somente juros dos dias de atraso.
Ainda existe a possibilidade do pagamento parcelado, que limita também os juros aplicados, mas que continuam a ser altíssimos, se comparados com outros tipos de crédito disponíveis no mercado financeiro.
Se não houver como você fazer o parcelamento e entender que o pagamento do valor mínimo pode ser mais atraente, cuidado. Todo o valor remanescente vai sofrer correção de juros e ser cobrado, de uma única vez, na próxima fatura.
Resumidamente, para não cair no crédito rotativo e seus juros exorbitantes, é melhor buscar alternativas fora das oferecidas no cartão de crédito – como um empréstimo pessoal ou consignado – para quitar a totalidade da fatura.