Você já ouviu falar em países com FIB (Felicidade Interna Bruta)?

A FIB é atualmente um indicador de satisfação social regulamentado pela ONU (Organização das Nações Unidas), mas que foi inspirada em uma estimativa criada pelo Rei do Butão, país da Ásia localizado nas montanhas do Himalaia, que em 1972 resolveu usar alguns critérios para avaliar a qualidade de vida e a felicidade de sua população, não se baseando somente em fatores econômicos como acontece com o PIB. Mais tarde, a ONU reuniu intelectuais de todo o mundo para estudar os efeitos transformadores de uma sociedade, onde se pode medir sua felicidade não pelos resultados financeiros de uma nação, mas pelo conjunto de bem estar que estão inseparavelmente conectados com a saúde mental, saúde física, cultura popular, liberdade religiosa, equilíbrio econômico do povo, satisfação no trabalho, bem estar político e interação social.

Como a ONU mede hoje a felicidade de um país?

A ONU usa a FIB para complementar o PIB, identificando que o equilíbrio de um povo necessita de uma renda bem distribuída, direitos de saúde, educação, lazer, relações familiares e religiosas, dentre outros valores, para determinar a qualidade e expectativa de uma nação. Isso serve como forma de estimular as empresas e governos mundiais a buscarem a aprovação e satisfação do capital humano como a fonte geradora do sucesso econômico.

Durante a Assembleia Geral da ONU em 2011, a organização lançou uma resolução entre os países membros da Organização para dar início à pesquisa com suas populações e, a partir desses resultados, trabalhar o desenvolvimento humano em suas políticas públicas. Em 2013, os relatórios mundiais começaram a ser divulgados e no dia 20 de março de 2017 a ONU declarou dia internacional da felicidade, apresentando o relatório da FIB 2017 nesse dia.

Essa estatística de felicidade é embasada em uma pesquisa realizada por especialistas das áreas da economia, psicologia positiva, saúde, relações humanas, estatísticas nacionais, entres outros. A ONU analisa 9 categorias:

1. Saúde mental – leva em consideração o otimismo da população, nível de estresse e problemas relacionados a depressão e ansiedade.
2. Saúde física – analisa as políticas sociais sanitárias do país, bem como o acesso da população a saúde pública, e os índices de doenças e comorbidades dos indivíduos.
3. Qualidade de vida – verifica como as pessoas se organizam socialmente entre lazer, trabalho, encontros sociais e religiosos.
4. Vitalidade comunitária – pesquisa como o povo de cada país lida com questões de segurança pública e sua atuação para contribuir com a responsabilidade social coletiva.
5. Educação – coleta dados das políticas públicas e privadas de todo o sistema educacional, a qualidade e o aproveitamento da aprendizagem.
6. Cultura – analisa a cultura das artes locais, tradicionalismo de um povo, desenvolvimento público que garante direitos patrimoniais e de artistas locais, comportamentos discriminatórios de raça ou gênero.
7. Meio ambiente – coleta informações do envolvimento da população e governo a respeito da preservação do meio ambiente, combate e controle da poluição, capacidade de reciclagem e incentivo a implantação de energias renováveis.
8. Governança – leva em consideração a visão dos cidadãos com poder público, a confiança em seus governantes e a liberdade de eleger seus líderes.
9. Economia – analisa o custo de vida em relação a renda familiar, expectativa de crescimento financeiro dos indivíduos, qualidade de moradia, endividamento e educação financeira.

No topo do ranking estão sempre liderando países como Dinamarca, Finlândia, Suíça, Noruega Islândia. O Brasil que estreou na primeira pesquisa entre 100 países, na 22ª colocação, vem caindo ao longo dos anos e em 2020 ficou em 41º lugar.

Você pode ver os relatórios com as informações de cada país e acompanhar o ranking pelo site:

https://worldhappiness.report/