Pix noturno limitado a 1000 reais em todo o Brasil

Banco Central lança regulamentação de limite na transação por Pix

Atualizado em outubro 5, 2021 | Autor: Michelle Verginassi
Pix noturno limitado a 1000 reais em todo o Brasil

Uma das inovações mais recentes dos últimos tempos em serviços bancários acabou de sofrer uma regulamentação de limite pelo Banco Central do Brasil. Apesar de ter sido considerado um enorme sucesso de adaptação, a nova tecnologia gerou algumas preocupações nas autoridades financeiras.

Mas o que é o Pix?

Se você ainda não usou, é quase certeza que pelo menos alguém já lhe sugeriu o uso do Pix, seja em transferências e até em pagamento de serviços ou compras.

O Pix é uma criação do Banco Central do Brasil inovou o sistema de transferência bancária, colocando em prática o pagamento instantâneo. O objetivo era ter um modo de transferência seguro, econômico e prático. A ideia foi muito bem aceita pelo mercado financeiro, pelos usuários de contas e teve ainda uma excelente aprovação pelo comércio em si.

Por que o Pix foi considerado tão inovador?

Com este recurso em prática, tornou-se possível a transferência de dinheiro entre contas, em qualquer dia ou horário, no prazo de poucos segundos. Anteriormente ao Pix, essa rapidez de transferência entre contas só era possível se as contas envolvidas na transação fossem do mesmo banco. Já com o Pix, essa imediatividade serve para transferências para qualquer banco.

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O Pix também tornou a transferência mais simples e prática. Cada pessoa cria uma Chave Pix, que pode ser uma referência pessoal de cada um, como número de CPF ou CNPJ; número de celular; endereço de e-mail; ou até uma chave aleatória. Assim, sem ter que saber vários dados da pessoa a quem se pretende realizar a transferência, somente uma dessas informações é o suficiente para localizar o depositário no sistema financeiro, lhe apresentando dados de confirmação, antes de finalizar a negociação.

O que aconteceu para ter essa limitação?

Segundo o Banco Central a mudança foi necessária para proteger o usuário. Segundo João Manoel Pinho de Mello, diretor do Banco Central, a tecnologia foi utilizada para cometer fraudes, golpes e até sequestros relâmpagos. Como a transferência por Pix é imediata, golpistas fizeram uso dessa facilidade para ludibriar pessoas incautas a fazerem depósitos em contas de estelionatários, usando de todo tipo de ardil.

Mesmo a violência foi empregada para que a pessoa fizesse transferência via Pix, enquanto em poder de bandidos.

Com a limitação dos valores, esse tipo de prática acabou não sendo mais compensatória ao risco assumido pela bandidagem. A limitação de transferências via Pix durante o período noturno veio de como resposta aos estudos de prevenção de fraudes e golpes realizados pelo Banco Central desde a implementação deste sistema.

Então o Banco Central vinha monitorando as transferências de Pix

Na verdade o Banco Central monitora todo tipo de transferência e a limitação imposta ao Pix fez parte de um pacote de medidas de segurança e de prevenção de fraudes, lançada nos últimos dias do mês de agosto deste ano.

Em uma coletiva de imprensa o Diretor do Banco Central esclareceu: “O Banco Central acompanha todos os sistemas no seu perímetro regulatório e há efeitos colaterais no Pix, assim como há com cartões de crédito. Após monitorar e fazer um diagnóstico preciso e avaliar os custos, como fraudes, golpes e crimes, como sequestros relâmpagos, entendemos que era necessário fazer uma intervenção”.

As limitações de transferência Pix são para todos?

Essas limitações de até 1000 reais no período noturno (20h00 às 06h00) tiveram como base que as negociações válidas neste período é referente á media de 500 reais. Direcionada aos usuários “pessoas físicas” a limitação é tida como medida de segurança, desestimulando a ação de criminosos.

Essa limitação não atinge as transferências via Pix entre pessoas jurídicas.