Previdência privada: vale a pena mesmo?

Confira as vantagens e desvantagens deste tipo de investimento, que vai além de apenas ter uma aposentadora extra

Atualizado em fevereiro 1, 2021 | Autor: Rodrigo
Previdência privada: vale a pena mesmo?

Além de investir na carreira, nos filhos, na casa, no carro, na Bolsa de Valores e até no jogo do bicho, há muita gente investindo em aposentadoria.

Não se trata aqui daquela que você recolhe todo mês, seja como funcionário, servidor, autônomo ou empresário ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

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O investimento a que nos referimos é aquele que você escolhe fazer, conhecida por previdência privada.

Neste post, listamos os prós e contras desta modalidade de investimento que até 2020, já representava 25% do Produto Interno Bruto (PIB).

Confira as vantagens e desvantagens e tire suas conclusões:

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O que é como funciona a previdência privada?

É um investimento feito através de fundos oferecidos pelas instituições financeiras com prazos e valores de aporte estipulados por contrato.

A exemplo do INSS, as contribuições são mensais. Há um tempo para investimento mensal e contínuo e outro, futuro, para resgate.

Quais são os tipos de previdência privada?

O contratante pode escolher entre a previdência privada ‘aberta’ ou ‘fechada’, a depender da pessoa física ou jurídica.

A fechada é destinada a profissionais vinculados a empresas e sindicatos. Já a aberta pode ser contratada por qualquer pessoa física.

Quais as principais modalidades oferecidas pela previdência privada aberta?

Há duas categorias: o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e a Vida Geradora de Benefício Livre (VGBL).

A diferença em ambas está na tributação. O PGBL é recomendado aos que fazem a declaração simplificada do Imposto de Renda (IR) e  a VGBL, aos que precisam entregar a completa para o ‘leão’.

VANTAGENS

Benefício fiscal

Em um país onde se paga tantos impostos, não é de se jogar fora uma oportunidade assim. Neste caso, são beneficiados aqueles que contratam a previdência privada na modalidade PGBL. Estes podem descontar até 12% de toda renda bruta anual tributável. É dinheiro de sobra para se investir, inclusive, na própria previdência.

Rendimentos

A previdência privada é, por si, um investimento que rende, no mínimo, mais do que a poupança. É importante a orientação de um especialista para a escolha de fundos que sejam mais alinhados ao seu perfil financeiro. A variação dos rendimentos vai depender do quanto você estiver disposto a aportar.

Dupla aposentadoria

Não é porque você decidiu ter uma previdência privada que não haverá mais necessidade de fazer seus recolhimentos regulares ao INSS. A estratégia aqui é poder contar com as duas aposentadorias no futuro. Não é à toa que esta outra que você pode fazer à parte é chamada oficialmente de complementar.

Além do mais, a previdência pública oferece benefícios que a privada não contempla, a saber:

  • Aposentadoria por invalidez
  • Auxílio-acidente
  • Auxílio-doença
  • Pensão por morte
  • Salário-família
  • Salário-maternidade

Investimentos

A previdência privada não precisa ser destinada apenas para os ‘anos da velhice’, utilizada também para a realização de planos pessoais diversos que possam ser custeados por este recurso guardado por tanto tempo. Entre as possibilidades estão a abertura de negócio própria, uma viagem, uma casa na praia. Dá pra sonhar.

DESVANTAGENS

Taxação e tributação

A oportunidade de se juntar um dinheiro a título de previdência privada tem seus custos. A começar pela taxa de administração cobrada pela corretora. A tributação varia entre a progressiva (de 0% a 27,5%) e a regressiva (de 35% a 10%), cuja variação depende do tempo em que o dinheiro fica aplicado. Quanto mais, menor é a alíquota.

Carteira mal feita

É imprescindível contar com operadores ou corretores experientes que possam lhe oferecer uma composição de fundos que possam proporcionar uma variação melhor de receitas. Aplicações mal feitas podem botar a perder a tão almejada ‘’bolada’ aguardada para retirada – ou não – ao fim do contrato.

Falência

Essa é de dar um frio na espinha. A previdência privada não tem cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que protege investimentos em ativos de renda fixa – o que não é o caso. Ou seja: se a emissora da previdência for para à bancarrota, todo seu dinheiro investido vai junto.

Afinal, previdência privada vale a pena?

Bem, consideradas todas as vantagens e desvantagens citadas acima, a melhor pessoa para responder é você mesmo.

Faça a seguinte reflexão: de quanto você poderia abrir mão hoje de seu orçamento para investir de uma previdência privada?

É o seu ponto de partida para se certificar se o momento é propício para esta aplicação, ou não. Na dúvida, clique aqui e confira sete motivos para ter uma previdência privada.