Saúde mental piorou na pandemia

Brasil é o 5º país, entre 30, onde entrevistados mais sentiram declínio no bem-estar mental; saiba como fugir disso

Atualizado em maio 11, 2021 | Autor: Michelle Verginassi
Saúde mental piorou na pandemia

Ano novo, velhos problemas.

Não é segredo para ninguém que a pandemia está causando estragos sem precedentes na vida das pessoas.

Ela interfere diretamente no bem-estar emocional de todos. Tanto que uma pesquisa feita pela Ipsos para o Fórum Econômico Mundial, apontou que 53% dos brasileiros acreditam que sua saúde mental mudou para pior.

Desde o início da crise de Covid, o número de entrevistados que afirma ter tido uma melhoria na saúde mental é de apenas 14%, algo quase insignificante perto dos 53% que dizem ter piorado.

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Os índices colocam o Brasil em 5º lugar entre os 30 países pesquisados.

Desta maneira, somos o país que está dentre os que mais sentiram os efeitos da pandemia e o bem-estar emocional. Estamos atrás de países como Turquia (61%), Hungria (56%) e Chile (56%).

Se você gostou do conteúdo, fica ligado que este post vai trazer mais informações sobre a saúde mental antes e durante a pandemia.

 

Pesquisa mostra que o brasileiro teve piora na saúde mental

A pesquisa online foi realizada com 21 mil entrevistados, dos quais, 1.000 foram brasileiros.

Os dados foram colhidos entre a segunda quinzena de fevereiro até o início de março.

Além da ausência de doenças, para ser saudável também é necessário analisar o corpo, a mente e até mesmo o contexto social no qual a pessoa está inserida.

Porém, o que muitos não sabem é que o ambiente também influencia. Um conjunto de bons hábitos contribui para o menor risco de desenvolvimento de doenças.

Não há uma lista salvadora que nos faz ser mais saudáveis, mas cuidar da saúde mental, física e social pode fazer a diferença, segundo a OMS.

 

Saiba como atividade física pode trazer benefícios

 

Talvez você não saiba, mas saúde mental tem a ver também com seu corpo. Lembra daquela frase latina que você ouvia na infância? “Mens sana in corpore sano”, pois é, mente sã, corpo são. E o contrário, e vice-versa!

Muito se fala sobre os benefícios da atividade física para o corpo. Mas o que muita gente ainda não sabe é que a prática de exercícios também é benéfica para a saúde mental.

Estudos anteriores à pandemia já mostravam que pessoas mais fisicamente ativas têm um risco entre 17% e 25% menor de desenvolver depressão e ansiedade ao longo da vida

Engana-se quem pensa que é necessário dedicar muito tempo à atividade física para sentir os benefícios.  Quinze minutos de atividade física trazem benefícios para saúde mental.

Não é só o tempo que importa, mas a intensidade do exercício. Estudos mostram que 15 minutos de atividade física ‘puxada’ ajudam na memória da saúde mental e do bem-estar.

Quanto a atividade, não existe uma regra que sirva para todo mundo, cada pessoa tem a sua atividade preferida. Tente encaixar algum exercício dentro da sua vida, no seu contexto e no seu tempo. E pronto!

 

Saiba como se manter saudável na pandemia

A OMS afirma que há um tripé importante quando o assunto é saúde: física, social e saúde mental.

Saúde mental não é apenas estar livre de doenças, mas, sim, ter bem-estar e felicidade.

Além disso, pessoas felizes têm mais sucesso. Isso depende da saúde mental de cada pessoa, onde há outras interferências, como a qualidade do sono, exercícios físicos e convívio social.

Começar devagar, passo a passo, faz com que corpo e mente desenvolvam a necessidade de se exercitar e melhorar, afinal, mente sã, corpo são.

 

Saúde física

 

O bem-estar físico vai além da ausência de doenças. Ter saúde física é ter disposição, força e autoestima também.

O primeiro passo é praticar alguma atividade física que você goste.

Há estudos que apontam que exercícios físicos são extremamente eficazes para tratar depressão leve e moderada, sem o auxílio de medicamentos.

Em meio ao isolamento social, é preciso adaptar também os exercícios físicos e realizá-los em casa.

Realizar tarefas simples, como arrumar a casa, subir escadas e cuidar do jardim podem contribuir para sua saúde física.

 

Saúde social

 

Cultivar relacionamentos com a família, amigos e colegas de trabalho ajudam a estar de bem com a saúde social. Este bem-estar é importante e precisa estar em dia.

A pandemia atrapalhou o convívio social, mas, por outro lado, muitos laços foram reatados e com mais força.

Com a pandemia, precisamos nos aproximar ainda mais da família e dos amigos mais próximos.

Você precisa identificar o que traz mais felicidade e prazer. E se você se sente bem em ações coletivas, com todo o cuidado exigido, cuide-se e participe destas ações.

 

Saiba quais são as doenças mentais mais frequentes deste século

 

O lar que deveria trazer aconchego e alegria passou a dar sentimento de aprisionamento. Tudo culpa do ‘fique em casa’ e da pandemia.

Esta prisão domiciliar passou a gerar medo, incerteza e até atrapalhar a saúde mental.

A pandemia é nossa adversária há mais de 12 meses, com isso, ela contribui para aumentar o surgimento de doenças mentais, podendo atingir boa parte da população mundial.

Segundo a OMS, uma em cada 10 pessoas no mundo sofre algum tipo de distúrbio de saúde mental.

Isso significa 10% da população global, cerca de 700 milhões de habitantes.

Já a OPAS, Organização Pan-Americana da Saúde, sugere que este número chega a 30% nas Américas. Ou seja, quase um a cada três teve ou terá algum transtorno mental.

 

Confira quais são as doenças mentais mais frequentes nesta época de isolamento:

1 – Transtorno de ansiedade: gera pavor e pânico frente a uma situação.

2 – Transtorno de ansiedade generalizada: preocupações persistentes e intensas sem motivo aparente.

3 – Dependência química: para acalmar a mente, passa-se a fazer uso de substâncias como o uso de drogas, álcool, cigarro.

4 – Depressão: Do leve ao grave, está relacionado à disfunções que alteram o humor, falta de prazer, pessimismo, desesperança, excesso de preocupação, baixo nível de energia, dores e pode levar à morte, em estágio mais avançado.

5 – Transtornos alimentares: anorexia, bulimia, entre outros.

Além destes, há as mudanças radicais de comportamento (da depressão à euforia) e o transtorno do sono, que traz insônia ou dificuldade para dormir, culminando em cansaço.