Telas x Crianças: costume que exige cuidados

Especialistas alertam que uso freqüente de aparelhos eletrônicos podem ser prejudiciais para os pequenos

Atualizado em maio 3, 2021 | Autor: Michelle Verginassi
Telas x Crianças: costume que exige cuidados

É muito comum você ir a um restaurante e ver os pais jantando ou almoçando tranquilamente enquanto a tela do tablet ou do celular cuida do seu filho.

Da mesma forma no transporte público ou durante uma viagem de carro: crianças com olhos pregados na tela do aparelho eletrônico.

É um costume que vem desde cedo. O bebê já aprende logo e acostuma com as telas.

E as mamães e papais se socorrem a tela para ter um pouquinho de sossego. Às vezes.

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Mas há casos em que a historia é outra e ocorrem verdadeiros exageros por parte dos pais.

Celulares e tablets se tornaram babás eletrônicas da criançada.

Mas até que ponto a exposição dos pequenos às telas é aceitável?

Se você quer saber os limites disso, confira neste post.

 

Aumento no uso da internet na pandemia inclui os pequenos

A pandemia e o isolamento social trouxeram um aumento de 30%, em média, no tráfego de internet no Brasil.

Os dados são do sindicato das empresas de telefonia, SindiTelebrasil.

Isso quer dizer que, por estarem em casa, as pessoas ficaram mais tempo em frente aos celulares ou a smart tv.

E isso inclui as crianças, que estão longe das escolas e creches.

Com isso, muitos pais acabaram se socorrendo aos vídeos de internet para entreter os pequenos e ter um pouco de sossego.

Às vezes, nem é isso. Trata-se de não ter habilidade para estar 100% do tempo com pequenos sem a ajuda da escola ou a creche.

 

Alerta: consequências à visão dos pequenos

O uso frequente de celulares e computadores trazem consequências para a visão.

Tudo porque os aparelhos eletrônicos emitem luz azul.

E esta luz traz um efeito prejudicial à saúde, pois altera o ritmo circadiano, que é o relógio biológico interno.

A exposição demasiada das crianças às telas pode levar a problemas visuais que exijam tratamentos clínicos.

De acordo com especialistas, há casos onde são necessárias intervenções cirúrgicas.

Ou podem levar a criança a ter que usar óculos mais cedo que se imagina.

Quando a criança usa um celular ou tablet por muito tempo acaba fazendo muito esforço visual excessivo.

E como usa muito a visão “para perto”, pode induzir miopia e estrabismo.

 

 

Em qual momento você precisa ficar atento

Em primeiro lugar, é preciso se certificar se a criança pisca excessivamente. Ou se fica muito tempo sem piscar.

Isso pode ser sinal de ressecamento ocular e incômodo.

A lua azul pode estar associada ao cansaço visual, ressecamento dos olhos e dor de cabeça.

E isso não é só em relação às crianças. Adultos também podem ter problemas com a exposição excessiva a estes aparelhos.

Se o seu filho já está muito acostumado ao celular na mão para assistir seus desenhos, comece por substituir o tamanho da tela. Como assim?

Uma sugestão é sincronizar o telefone com uma smart tv.

Desta forma a criança continua com sua aula ou assistindo seu desenho preferido, mas não fica exposta a visão para perto.

O pequeno vai continuar exposto a luz azul, sim, mas o esforço para perto é reduzido.

E isso reduz o risco de induzir miopia e até mesmo ao estrabismo.

 

Costumes ou atitudes para evitar

Para reduzir o esforço dos olhos diante dos eletrônicos, é recomendável que a cada 20 minutos, a criança tenha 20 segundos para olhar em direção ao horizonte.

Isso ajuda as crianças – e os adultos – a descansarem o olhar para perto.

Isso também evita maior desconforto ocular, como a indução de miopia e o cansaço da visão.

Outro hábito que você precisa tirar dos seus filhos: evite que mexam no celular durante a noite.

Principalmente no quarto, na hora de dormir, com a luz apagada.

E mesmo antes de ir para a cama, criança que mexe no celular durante a noite pode ter o sono comprometido.

Especialistas recomendam que se evite o uso de telas pelo menos 2 horas antes de dormir.

E isso vale também para os pais.

Por falar nisso, dependendo da idade do seu filho, ele fará o que os pais fazem e não o que os pais dizem. A criança vai pelo exemplo e não pela fala.

Neste caso, se os pais passam muitas horas em frente a tela, a tendência é que a criança também queira isso para ela.

Converse com seu filho para que ele faça pausas e tenha períodos de descanso para não ficar o tempo todo em frente à tela. O mesmo vale para você!

 

Aulas virtuais contribuem para aumentar a preocupação

O que os pais precisam ficar atentos é que, além da hora de lazer em frente a tela, há crianças que têm aulas.

Por isso, ficam em frente ao tablet ou computador mais tempo, seja pelo lazer ou seja por conta das aulas virtuais.

É preciso encontrar um equilíbrio. A sugestão é inserir atividades, jogos e brincadeiras que não usem telas.

 

Qual a dica para evitar problemas como estes

Pode ser feito o uso de colírio para evitar a progressão da miopia.

Outra dica importante é diminuir o brilho da tela. Assim você evita o desconforto e até uma possível cefaleia.

Mas o diagnóstico mais indicado é tentar reduzir o período de exposição às telas.

De novo, incluir atividades que não sejam em frente às telas e ter programações ao ar livre é importante neste contexto.