Um match surpresa: o que o novo clichê natalino da Netflix nos ensina?
A nova comédia para lá de romântica, apesar de divertida, aborda um tema muito importante

Para aqueles que amam um filme com neve, muitas luzes e regado em vermelho e verde, novembro e dezembro são as melhores épocas, né? Afinal, as novidades cinematográficas natalinas são lançadas sempre nesse momento do ano.
Hoje, vamos falar de um lançamento que deu o que falar, já que essa comédia para lá de romântica, apesar de divertida, aborda um tema muito importante. No último dia 5 de novembro, a Netflix disponibilizou no seu streaming o filme “Um match surpresa”, do diretor Hernán Jiménez García.
Na trama, conhecemos a jornalista Natalie (Nina Dobrev), uma eterna romântica que escreve uma coluna sobre seus desastres amorosos num site da internet. Quem nunca marcou um date no Tinder e acabou se decepcionando com a imagem do match, super diferente da foto que tinha no perfil? Pois é…
Esse é só um exemplo das tantas decepções que Natalie enfrentou ao procurar um amor para chamar de seu. Mas tudo muda quando ela expande o raio de distância do aplicativo e dá match com um cara chamado Josh. O problema? Ele morava em uma cidade muito longe.
Ok, isso não foi impeditivo para nada, afinal, as conversas duravam dia, noite e muitas ligações. No final das contas, a distância era só um detalhe, até porque Natalie pretendia surpreender o novo crush viajando até a casa dele.
Mas a surpresa não foi exatamente para ele… Quando chega lá, Natalie percebe que o Josh não tinha nada a ver com a foto que ele usava no aplicativo. Para ela, bom, essa foi a maior decepção amorosa dos últimos tempos.
O que ela não esperava, além disso, era que a pessoa real da foto morava na mesma cidade para onde ela viajou, e quando ela o encontra, pede para o Josh a ajudar a conquistar quem ela realmente queria conhecer.
Atenção, o texto abaixo contém spoilers!
E o que o longa mostra?
Logo de cara já percebemos que um dos personagens principais é um catfish que enganou a protagonista. A decepção é clara e devastadora para ela, que se iludiu e perdeu muito tempo viajando para um lugar distante e conheceu alguém que não esperava.
Entre idas e vindas, na vontade de conquistar o verdadeiro cara das fotos, o Tag, Natalie se vê numa situação parecida com a do Josh: inventando ser alguém que não é para conquistar alguém.
Isso tudo é debatido no filme, afinal, com o avanço da tecnologia, esse tipo de atitude é cada vez mais comum. E as consequências, nós sabemos que são bem complicadas, principalmente para as vítimas do catifsh.
Mas o que o filme realça e critica é o fato de podermos, sim, nos passar por outra pessoa em relação à nossa personalidade. Não é só a imagem que pode enganar, tem muita coisa por trás disso que também pode machucar o outro.
E concluímos que…
No final, desligamos a TV com a sensação de dever cumprido, com o coração quentinho, afinal, finais felizes existem até mesmo para mentiroso, né?
Mas, na vida real, o fim de uma relação que começa com mentiras não é tão feliz assim.
A traição por fingir ser alguém que não é, com mentiras e falsas promessas, é tão dolorosa quanto uma traição carnal; às vezes, é até pior.
Pelo menos em Um match surpresa, o final é feliz e cheio de referências românticas sobre outros filmes natalinos. Vale a pena assistir e se encantar por algumas horinhas.