Quais vacinas estão sendo testadas em crianças

Entenda como estão as pesquisas com a população menor de 18 anos mundo afora, e a preocupação com o retorno escolar sem vacinação

Atualizado em maio 4, 2021 | Autor: Michelle
Quais vacinas estão sendo testadas em crianças

Em dezembro de 2020, alguns países já deram início a vacinação de grupos de risco e profissionais da saúde. Numa corrida contra o tempo para assegurar que 60% da população mundial seja imunizada, laboratórios e instituições ao redor do globo, movimentaram em tempo recorde pesquisas e voluntários para a realização dos testes. Com 7 vacinas aprovadas e em uso até o momento, nenhuma delas está sendo aplicada em crianças e a explicação é que não houve testes nessa faixa etária para o uso emergencial da população.

Nova fase mundial de testes

São 254 vacinas em diversas fases de teste, 7 obtiveram resultados satisfatórios e seguros e estão sendo usados pelo mundo. Dessas, apenas 4 iniciaram os testes em crianças e ainda estão na primeira fase. Levando em consideração que a população mundial em fase escolar é de quase 40%, não é errado dizer que esse grupo de pessoas precisa ser incluído na próxima fase de imunização o quanto antes.

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Até o momento todas as vacinas que iniciaram seus testes em crianças foram as seguintes:

 

INSTIT./LABORATORIO FAIXA ETÁRIA AMOSTRAGEM
MODERNA 6 meses a 11 anos 6.750 voluntários
Pfizer 6 meses a 11 anos 144 voluntários
Oxford/AstraZeneca 6 anos a 17 anos 300 voluntários
Sinovac 3 anos a 17 anos 552 voluntários

 

A maior parte das vacinas conhecidas atualmente foram a solução pra erradicação de outras doenças mortais como Tuberculose, Meningite, Sarampo, Rubéola. São todas aplicadas na infância, isso garante que desde cedo as crianças desenvolvam os anticorpos dessas doenças e evitem que surtos que comprometam a segurança delas mesmas, e da população. Nesse caso específico da corona vírus, as primeiras conclusões estudadas por cientistas e pesquisadores, verificou que a maior parte das pessoas com idade inferior a 16 não desenvolvia a doença de forma grave, e a maioria testada se mostrou assintomática. Por isso o desenvolvimento dos imunizantes foi direcionado para a população mais sensível aos efeitos do Corona Vírus, os casos de letalidade tiveram índices mais elevados.

Histórico de covid em crianças por que se preocupar?

Desde o início da pandemia, os casos envolvendo crianças e adolescentes são bem pequenos em todos os países, mesmo assim existem relatos ainda sobre investigação de síndrome multissêmica pós covid, mesmo em casos assintomáticos. A síndrome se refere a um quadro inflamatório dos vasos sanguíneos, apresentando sintomas como febre alta, erupções na pele, mãos e pés inchados.

Os Estados Unidos, país com maior número de casos, confirmou no final de dezembro de 2020 mais de 2 milhões de casos. A Academia Americana de Pediatria, publicou em sua página da internet esse levantamento, (https://www.aappublications.org/news/2020/12/29/covid-2million-children-122920 ) informou que só no último mês de novembro foram registrados 1 milhão deles. A Academia declarou ainda que acredita ser um número subestimado, já que a maioria das crianças não apresentam sintomas ou em suas formas leves podem confundir com resfriados e alergias respiratórias.

Outro país que relatou um aumento de casos em crianças foi Israel, país onde a vacinação está mais avançada. Registou em janeiro 50 mil novos casos infantis, maior número desde o início da pandemia.

Vale lembrar que em todo o mundo as aulas presenciais foram as primeiras atividades que pararam, e alguns países não voltaram completamente ou estão em sistema híbrido, com metade da turma presencial e a outra metade EAD.

Havendo um retorno em 100% das atividades escolares com somente os adultos vacinados, o relaxamento na sociabilização dos pequenos pode desencadear um crescimento de casos nessa faixa etária, além disso as novas variantes do Brasil e de Londres já tem demonstrado uma contaminação maior entre os jovens, e o que se sabe é que a mutação do vírus acontece principalmente entre pessoas que tinham maiores resistência como foi o caso da mutação de Londres. O vírus vai se adaptando e mudando geneticamente, por conta disse cientistas acreditam que a vacinação do Corona Vírus, deverá ser anual como acontece com a vacina da Influenza.