WhatsApp: o que muda na privacidade?
Confira as novas regras definidas pelo aplicativo e que já estão em vigor. Caso não concorde com o ‘zap zap’, veja outras opções

“O respeito que temos por sua privacidade é como um código em nosso DNA”. A informação é do WhatsApp.
Se você utiliza esse aplicativo de mensagem (sim, tem quem não o use), um alerta: a privacidade de seus dados mudou.
E por iniciativa do próprio WhatsApp, ao melhor estilo: aceite ou se retire. Ou ‘Ame-o ou Deixe-o’, como já se intimidou no Brasil.
O que é o WhatsApp?
Caso você ainda não tenha ouvido falar, trata-se de uma multiplataforma de compartilhamento de mensagens.
Criado em 2009 por dois ex-funcionários do Yahoo!, o app pode ser baixado em dispositivos Android, BlackBerry, iOS, Nokia, OS, Symbian.
O ‘zap zap’, como se diz no Brasil, foi comprado em 2014 pelo Facebook pela bagatela de US$ 16 bilhões (R$ 85,9 bilhões, caso o negócio fosse hoje).
Pelo menos um bilhão de pessoas já baixou o aplicativo, segundo informou a empresa. Ou seja, quase uma a cada sete pessoas do planeta.
Tá, mas o que muda?
Vamos ao ‘xis’ da questão. Até o começo de fevereiro de 2021, todos os seus dados são armazenados pelo próprio aplicativo. Ok.
A diferença é que, a partir de agora, o tal do ‘DNA’ do WhatsApp sofrerá uma ‘mutação’, com interferência externa.
É que o aplicativo não será mais exclusivo no trato com seus dados, mas os terceirizará a outros provedores.
Que diferença faz essa ‘terceirização’?
Bem, a primeira é que além do app, outras empresas poderão ter acesso às suas trocas de mensagens, por exemplo.
E não apenas isso: as parceiras do Facebook, que não são poucas, também poderão fuçar teus tão preciosos dados.
Informações como número de telefone e seu histórico de atividades poderão ser sondados para, inclusive, envio de conteúdo publicitário mais, digamos, customizados para você.
O que o Facebook tem com isso?
Tudo. Primeiro porque é quem manda no WhatsApp, como você já leu um pouco mais acima. Quem dá a palavra final é o Mark Zuckerberg, fundador do Facebook.
Na prática, o que o bilionário quer é integrar ambos os negócios para ver se o ‘zap’ dá uma decolada em sua receita.
Daí as novas regras, que permitirão, por exemplo, que você interaja no Facebook pelo WhatsApp, através de um portal.
E se eu não concordar com isso, o que faço?
É, você ainda tem esta opção de escolha, acredite. Se tudo que foi dito não te agradou, é simples: apague a conta.
Isso mesmo, basta deletar o WhatsApp de sua vida de vez. Parece fácil, não. Mas, não é bem assim, infelizmente.
Pense no transtorno que seria ficar sem o aplicativo pelo qual você fala com todo mundo, faz negócios, e por aí vai.
Que outras opções eu tenho?
Mas, se você é daqueles que curtem aquele conhecido ‘slogan chiclete’ da OLX (“desapega, desapega”) as chances de sobrevivência sem o WhatApp são muito maiores.
Há vida além do ‘zap zap’, em formas bem semelhantes até. No começo vai ser como apresentar o(a) namorado(a) novo. Com o tempo, o povo acostuma.
Selecionamos alguns exemplos abaixo. Confira:
- Messenger: Sim, é do Facebook, sabemos disso. Mas, se tiver mesmo que sair do WhatsApp, uma opção pode ser este ‘primo’ dele, muito popular nos Estados Unidos.
- Signal: Se você ainda não conhecia este app, calma. Está longe de ser o único. Tem praticamente as mesmas funções do ‘zap’ e também é criptografado.
- Skype: Quem trocou este app pelo WhatsApp levanta a mão! Pode baixar agora. Por que não voltar a utilizá-lo como antes? Se é que já não o esteja usando para suas chamadas de vídeo nestes tempos de pandemia.
- Telegram: Este aí anda muito requisitado ultimamente por uma certa galera, tá ok? Se preferir, aliste-se você também no tocante a este aplicativo aí.
- Viber: Este app já tem dez anos de estrada e, de quando em quando, você ouve dizer alguém que usa. Fica de opção. Melhor um do que nenhum.